Do blog: coturnonoturno - Hoje o Blog Agropolítica postou que
Marina Silva recebeu uma doação de R$ 2,3 milhões do suplente de deputado
federal pelo PMDB do Paraná, Marcelo Beltrão de Almeida, que vem a ser um dos
donos da CR Almeida, construtora envolvida em várias obras contestadas pela
candidata. Em especial, porque o pai de Marcelo ficou conhecido por ser um dos maiores
grileiros de terras da Amazônia e do mundo, combatido por Marina nos seus tempos de Velha Politica.
Em 7 de maio de 1996, em
intervenção no plenário, a então senadora petista Marina Silva fez a seguinte
manifestação:
No dia 9 do mês passado, quando tivemos aqui a oportunidade de uma
audiência pública com a física, ecologista e feminista Vandana Shiva, informei aos
presentes de que os empreiteiros da família Almeida estariam comprando 5
milhões de hectares de terra na Amazônia, para fazerem ali uma reserva
particular. As informações que obtive foram de que essa reserva era para fazer
especulação dos recursos genéticos com laboratórios norte-americanos,
principalmente na área de pesquisa farmacológica. V. Exª - fiquei sabendo que o
Senador Sebastião Rocha já mencionou esse assunto - com muita propriedade, está
considerando o fato uma afronta. É uma afronta, porque essas pessoas sempre
tiveram a visão de que a floresta Amazônica, do jeito que é, constituia um
atraso e de que era preciso derrubá-la para plantar capim, criar gado, fazer
qualquer outra coisa e não preservá-la como floresta. Agora, a nova revolução
tecnológica, com os vários recursos da biogenética, bioengenharia e tudo o que
possa ser cientificamente explorado, supervaloriza a floresta pelo seu
ecossistema, pelos seus recursos naturais e seus microorganismos. Aliás, a
nossa Lei de Patentes, aprovada no Senado, liberava tudo isso para
patenteamento, desde que alterado, tal como encontrado na natureza. Tenho a
informação de que querem essa área para atender aos anseios especulativos de
laboratórios norte-americano. A monstruosidade - além do tamanho da área, que é
uma afronta ao movimento dos sem-terra e ao massacre ocorrido - é que Chico
Mendes foi assassinado porque acreditava que a riqueza estava na floresta em
pé. Agora que descobriram ser nossas teses corretas e lucrativas, desejam -
armados até os dentes - tirar os índios, os caboclos e os pescadores e
colocá-los no meio do capim para pegar micuins - um bichinho bem pequeno da
nossa região - para ficarem com os recursos genéticos, pelos quais muitos deram
a própria vida. O Governo brasileiro não pode permitir isso. Sinto-me
indignada. Minha indignação é positiva, tal como a de V. Exª e a do Senador
Sebastião Rocha, contra essas pessoas fazendo esse tipo de especulação,
comprando essas áreas tão grandes para, mais uma vez, fazer garimpagem e
rapinagem nas riquezas da Amazônia, em detrimento do seu povo, do crescimento
econômico da região, preservação do meio ambiente e justiça social. Sem esses
três elementos, não estaremos contribuindo com o futuro deste País. Entendo que
o Governo brasileiro deva ser pressionado a não permitir esse tipo de abuso.
Em maio de 2005, Cecílio do Rego
Almeida, que ficou conhecido pelas maiores operações de grilagem da história, deu uma entrevista à revista Caros Amigos, onde
declarou, a respeito de Lula e de Marina Silva:
Agora, tem erros incomensuráveis por causa dessa merda desse partido
dele (de Lula). A Marina Silva foi uma péssima escolha. Pegou uma indiazinha
totalmente analfabeta e doente. E essa merda de governador que perdeu o governo
do Rio Grande do Sul, um bicha, que é veado, o Olívio Dutra. Tem coisa mais
ridícula do que aquele José Graziano, um que era da Fome, um barbudinho,
nervoso, perdeu até o cheque que aquela nossa modelo deu para ele, de 50.000
reais, Gisele Bündchen. Pôr o Rosseto no Incra? Um comuna! Na Embrapa também
cometeu esse erro. A Embrapa é um organismo fantástico, que atravessou
governos. Ele mudou regras para botar uns caras do PT.
O polêmico Don Ciccillo morreu em 2008. Uma das suas fazendas, a Curiá, com 4,5 milhões de hectares, teve sua matrícula cancelada em 2011, por ser fruto de grilagem e da expulsão de tribos indígenas.
Agora a sua empresa, que participa de obras como a contestada Usina Hidrelétrica de Belo Monte, Jirau e Teles Pires, Ferrovia Transnordestina e Transposição do Rio São Francisco faz uma gorda doação para a campanha de Marina Silva, que ela, de bom grado, recebe para financiar o seu insustentável discurso sobre Nova Política.
Agora a sua empresa, que participa de obras como a contestada Usina Hidrelétrica de Belo Monte, Jirau e Teles Pires, Ferrovia Transnordestina e Transposição do Rio São Francisco faz uma gorda doação para a campanha de Marina Silva, que ela, de bom grado, recebe para financiar o seu insustentável discurso sobre Nova Política.
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