sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Deputado presta depoimento sobre cocaína encontrada em helicóptero

Gustavo Perrela disse que não sabia do transporte da droga. Ele tinha autorizado o fretamento da aeronave, o que também é ilega

O deputado estadual em Minas, dono do helicóptero interceptado com quase meia tonelada de cocaína, disse que não sabia do transporte da droga, mas tinha autorizado o fretamento da aeronave, o que também é ilegal.
Os depoimentos na Polícia Federal do deputado estadual Gustavo Perrela e da irmã dele, Carolina Perrela, duraram cerca de duas horas. Segundo o advogado da família, Carolina disse a polícia que não tinha informação sobre o assunto. Gustavo Perrela contou que foi avisado por uma mensagem no celular que Rogerio Antunes faria um frete, mas que não sabia que era droga.

O deputado e a irmã são sócios na empresa da família que é dona do helicóptero apreendido no domingo, no Espírito Santo, com quase meia tonelada de cocaína. O piloto está preso. Era funcionário da empresa e também assessor parlamentar de Perrela.
Hoje a Assembleia Legislativa de Minas decidiu proibir o reembolso para pagamento de combustível de aeronaves de parlamentares. Um levantamento no site da assembleia mostra que Gustavo Perrela gastou só em junho quase R$ 3,5 mil com combustível para a aeronave.
O Ministério Público apura se houve uso indevido de dinheiro público na compra do combustível. Também quer saber como o piloto conciliava o emprego com o cargo de assessor.
“Caso constatadas as irregularidades nos dois casos, é possível aí uma ação para pedir o ressarcimento dos prejuízos para combater eventual enriquecimento ilícito das partes”, diz Eduardo Nepomuceno de Souza, promotor de Justiça estadual.
Para protestar e pedir rigor nas investigações, um grupo de manifestantes, com helicópteros de brinquedo, espalhou farinha no hall da assembleia.
Segundo Antonio Carlos de Almeida Castro, advogado do deputado, Gustavo Perrela usava a verba apenas quando utilizava o helicóptero para fins políticos e não quando fazia fretamentos. “Todo mundo que tem aeronave, ou quase todo mundo, faz vez ou outra um fretamento. Essa aeronave já fez três ou quatro fretamentos ao longo do ano para poder pagar a manutenção”.
Segundo a Anac, o helicóptero do deputado não poderia ser usado para fretamentos porque é registrado somente para voos particulares.

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