A deputada
estadual Ângela Sousa (PSD) reafirmou que a decisão do ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, de aguardar o resultado da Sala de Situação, criada em
Ilhéus, para então se chegar a uma solução pacífica para o conflito entre
indígenas e produtores rurais no Sul da Bahia, não resolve, nesse momento, o
problema e nem diminuiu o clima de guerra que se instalou na região. De acordo
com a deputada estadual, a decisão mais correta nesse momento seria a suspensão
imediata do processo de demarcação de terras nos municípios de Ilhéus, Una. São
José da Vitória e Buerarema, até que se defina critérios mais justos de como
ocorrerá o processo de divisão de terras e o que era feito com mais de 20 mil
famílias, a maioria de pequenos agricultores, que vivem nessa região.
Em reunião
com representantes de agricultores e parlamentares, nesta terça-feira (1º), em
Brasília (DF), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reafirmou a
necessidade de pacificação dos conflitos entre indígenas e produtores rurais em
Buerarema. Ele propôs a criação de uma mesa de negociação entre as partes.
Segundo o ministro, foi criada uma Sala de Situação em Ilhéus, também no sul do
estado, pelo Ministério da Justiça e o Governo do Estado da Bahia. O objetivo é
articular as operações realizadas em conjunto pela Polícia Federal, Força Nacional,
Polícia Rodoviária Federal e polícias Civil e Militar da Bahia nos municípios
de Buerarema, Ilhéus e Una.
O problema,
segundo a deputada estadual Ângela Sousa, é que as discussões podem ser
arrastar por meses e até anos, enquanto que o clima na região é tenso é precisa
de respostas imediatas, já que o conflito tem causado prejuízos para os
municípios. Ela alertou para o clima tenso que se instalou na região, com as
constas invasões de terras, agressões contra os trabalhadores e pequenos
produtores e até mortes, reassaltando que a demarcação de terras é um assunto
de extrema relevância, sendo suprapartidário e que cabe a todos o papel de
mediar essas discussões para evitar consequências ainda mais graves. “Por esse
motivo é que não temos dúvidas que o melhor para a região hoje é a imediata
suspensão do processo de demarcação”, defendeu a deputada.
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