sexta-feira, 3 de maio de 2013

IV Congresso Norte e Nordeste da Pequena Empresa e do Empreendedor Individual – Brasil dia 13 e 14 na UESC

ENTREVISTA:


“Internacionalizar-se é muito mais que um investimento, mas uma mudança de postura e visão”, declarou Ari Melo
O “Processo de Internacionalização como Desenvolvimento Sustentável Regional” é uma das temáticas a serem debatidas no IV Congresso Norte e Nordeste da Pequena Empresa e do Empreendedor Individual – Brasil Com Oportunidades!, nos dias 13 (19 às 22 hs) e 14 (8 às 17h30), no auditório Paulo Souto, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Na condução do debate, o Professor, Pesquisador da Uesc e Doutor em Administração e Negócios Internacionais, Ari Melo Mariano destaca, em entrevista, a Internacionalização como uma solução viável para a criação de políticas públicas e o consequente desenvolvimento regional.
O Congresso é promovido pela Associação das Micro e Pequenas Empresas do Estado Bahia (Ampesba). As inscrições continuam abertas e podem ser realizadas na sede da Ampesba (Edifício do Sindicato Rural, na Praça Adami, em cima do Banco BMG); Cia Júnior, na Uesc e no estande da CDL, localizado na Praça Adami, em Itabuna. Mais informações pelos telefones: (73) 8825-5181 / 9168-4913.
No que consistirá a palestra sobre o “Processo de Internacionalização como Desenvolvimento Sustentável Regional” no Congresso promovido pela Ampesba?
Devido algumas mudanças marcadas pelo contexto da globalização, inovações e novas tecnologias nosso cenário regional “independente do seu querer” passou a integrar um ambiente global marcado por uma série de conexões, formando redes de relações. Estas relações entrelaçadas são similares às redes sociais que conhecemos de maneira lúdica e profissional como facebooklinkedintwittertuenti, entre outras, porém em uma conjuntura diferenciada. Estas relações oferecem oportunidades simples para o participante que tem consciência de sua importância e sua utilidade.
Esta temática pretende discutir as novas propostas dentro deste cenário desde o ponto de vista educacional, empresarial e político. Propostas estas que já estão acontecendo faz algum tempo na região, na vinda de empresários, pesquisadores e projetos estrangeiros em forma de cooperação com a Bahia. O desenvolvimento do interior da Bahia é uma necessidade explícita do governo, através dos discursos de seus líderes e nos editais abertos pelas agências de fomento em pesquisa e extensão.
Como avalia o desenvolvimento desse processo no Brasil?
A internacionalização se apresenta como uma solução viável e com resultados consolidados, não apenas em outras nações como no próprio Brasil. Porém quando falamos a respeito de associação com outros países, para alguns sempre existiu uma preocupação sobre o uso “oportunista” de nossos recursos, além da imagem de colonização, que é uma ideia presente na mente de muitos. O “oportunismo” é uma realidade de qualquer tipo de acordo de colaboração (nacional ou internacional), porém é a criação de um plano de internacionalização do pequeno e grande empreendedor e das políticas públicas que vai garantir que esta associação se transforme em desenvolvimento regional.
Como avalia o cenário regional na busca dessa alternativa?
A Universidade Estadual de Santa Cruz, por exemplo, forma a cada ano um grupo de jovens (alunos do curso de Línguas Estrangeiras Aplicadas a Negócios Internacionais) preparados para lidar com esta realidade em todos os contextos que ela traz. Instituições como a Faculdade do Sul – Unime, em Itabuna vem promovendo através do seu Núcleo de Apoio e Desenvolvimento à Pesquisa-NADESP, (http://nadesp.wordpress.com) cursos e encontros de pesquisas com profissionais e pesquisadores estrangeiros e nacionais gabaritados.
Mais recentemente a própria ATIL – Associação de Turismo de Ilhéus, através do seu presidente Marcos Lessa, vem promovendo videoconferências com empresários estrangeiros do Chile e Espanha interessados em nossa região. Ações empresariais, de associações e individuais vêm acontecendo, embora muitos interessados não saibam destas iniciativas.
Qual a contribuição para o público-alvo (classe empresarial, gestores municipais, estudantes, contabilistas, profissionais das instituições privadas e da Administração Pública)?
Os participantes deste encontro poderão entender as possibilidades reais de internacionalização, etapas e pontos chave para o sucesso. Internacionalizar-se é muito mais que um investimento, é uma mudança de postura, de visão.
Como avalia a realização do Congresso Norte Nordeste para Itabuna e região?
Acredito que dar seguimento a esta iniciativa que começou alguns anos atrás, quando foi realizado o primeiro seminário é muito importante. É essencial que as prefeituras, líderes e empresários entendam que tem problemas específicos ao negócio, cidade comunidades, mas que existem problemas comuns a todos, que apenas podem ser tratados se possui colaboração de todas as partes envolvidas.
Em um exemplo local podemos falar de nosso rio. Durante muito tempo vem se falando sobre uma revitalização do Rio Cachoeira, e muitos especialistas já chegaram à conclusão que se deve fazer uma ação conjunta de todos os municípios dentro de um limite que são “banhados” pelo rio.
Ou seja, nas atribuições do dia-a-dia é muito difícil reunir líderes, políticos e empresários, e observo o Congresso como o momento de realizar estas propostas através de encontros e talvez falar até de uma agenda entre os participantes com alguns pontos assumidos de compromisso, fortalecendo as cidades.
Algumas ações individuais e coletivas estão sendo realizadas, mas de que forma mobilizar aqueles que não estão inteirados do processo?
Estas ações estão acontecendo, elas são uma realidade. Mobilizar os demais interessados é uma questão de sensibilização, como esta oportunidade no evento. Que acreditem, que abram mais uma porta e que queiram estas mudanças em seus negócios e municípios. Sabemos da dificuldade de mudar, porém sabemos ainda mais das recompensas dos que são pioneiros, dos que se posicionam na frente. Estas atitudes dividem um grande líder de um fracasso empresarial, político e social.
Por - Viviane Cabral - Jornalista

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