Agência de água criada por Wagner detona bolso da população
JORNAL DA MÍDIA
A Agência Reguladora de Saneamento da Bahia (Agersa) criada em setembro pelo governador Jaques Wagner vai enfrentar mais uma batalha na Justiça. A segunda, diga-se, e pelo mesmo motivo: concessão de aumento exorbitante da conta de água da Embasa, sacrificando mais uma vez o bolso da população. Ano passado, a Embasa foi contemplada com um reajuste espetacular de 12,98%, concedido pela até então “Coresab” (Comissão de Regulação dos Serviços Públicos de Saneamento Básico da Bahia), hoje Agersa.
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Na Justiça - “É macaco tomando conta de banana”, define o deputado estadual Bruno Reis ao se referir às relações entre a Agersa e a Embasa. Bruno Reis anuncia que vai ingressar com uma ação no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) contra a Agersa e Embasa por conta do aumento de 9,8% na conta de água, que pode entrar em vigor dentro de 30 dias.
Vale ressalta que de 20017 a 2011 a Embasa teve suas tarifas reajustadas pelo elevadíssimo índice de 139,88%, já descontada a inflação, segundo levantamento feito pelo Instituto dos Auditores Fiscais do Estado da Baia (IAF), que foi um estudo comprativo entre os percentuais de aumento das tarifas da Embasa com a de outras concessionárias.
“Enquanto a Embasa reajustou suas tarifas em percentuais que variam entre 94,1% e 211,9%, a Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento.) aumentou suas tarifas em 35,97%.
Aumento abusivo – Após denunciar a Embasa por “vender vento”, o deputado estadual Tom Araújo (DEM) voltou a carga agora para criticar o aumento “abusivo” da empresa.
“Além do serviço sofrível, deixando milhares de consumidores carentes de abastecimento e ainda cobrando por fornecer ‘vento’, a empresa ainda aplica um aumento bem superior à inflação”, salienta o deputado.
Tom Araújo, que é representante da região sisaleira e Bacia do Jacuípe, denunciou a empresa por “vender vento” no final do ano passado, quando a região do Sisal (em municípios como Conceição do Coité, Riachão do Jacuípe, Queimadas, Retirolândia, Barrocas, Serrinha e outras cidades) era obrigada a pagar as contas de água sem ter acesso ao líquido.
“Moradores da região reclamavam que ficavam até 50 dias sem ter água nas torneiras e, mesmo assim, o hidrômetro continuava a funcionar com o ‘vento’ nos canos, gerando novas contas”, declarou Araújo.
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