segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Embasa vai universalizar a escassez de água e o vento nas torneiras

A Embasa inferniza a vida de milhares de baianos e não tem qualquer fiscalização. 
A agência de água criada para este fim não passa de uma falácia. Não tem a menor autonomia.

Os moradores e veranistas da Ilha de Itaparica voltam a enfrentar o mesmo problema de sempre: quando chega o Verão, não tem para onde correr – a água desaparece. Nem pinga nas torneiras. Semana que passou, com condomínios superlotados com as festas de final de ano, famílias inteiras sofreram e algumas tiveram que antecipar o retorno para seus locais de origem.

Bares e restaurantes contabilizaram enormes prejuízos.
A situação foi ainda pior nos povoados da Linha Verde, como Arembepe, Jacuípe, Guarajuba e muitos outros. Nesses locais a água não chegou durante toda a semana.
Um vexame.

Revoltados, moradores de Jacuípe foram para a estrada protestar na sexta-feira, sábado e ontem (6) à noite.
Fecharam a rodovia Estrado do Coco-Linha Verde, infernizando a vida de milhares de motoristas. Foram mais de 10 quilômetros de engarrafamento.

A Universalização da Escassez - O mais interessante é que a Embasa propaga que a meta é ”universalizar o serviço de água na Bahia”.
Em abril do ano passado, quando a então Coresal, hoje Agersa (Agência Reguladora de Saneamento Básico da Bahia) concedeu o bondoso aumento de 12,89% para as contas da Emabasa, o maior do país e que representou mais que o dobro da inflação, justificou que o reajuste abusivo era para fazer frente à meta da ”universalização”

Não se sabe que meta de ”universalização” é essa que a Agersa quer que a Embasa pratique.
Seria a universalização da escassez de água ou do vento nas torneiras em casas de milhares de baianos aflitos?
Sem Autonomia - A criação da Agersa pelo governador Jaques Wagner, concretizada há pouco mais de um mês, foi muito questionada por diversos segmentos da sociedade e muito criticada na Assembleia Legislativa.
Foi criada a Agersa, ao que tudo indica, para abrigar afilhados de partidos políticos da base do governo. Não com propósito social.
Não tem a nova agência autonomia para fiscalizar nada e muito menos os serviços da Embasa.
A Agersa, para quem não sabe, é uma autarquia subordinada à Sedur (Secretaria de Desenvolvimento Urbano). A Embasa, que ela “fiscaliza”, também é.

O Conselho Consultivo da Agersa tem como presidente o secretário do Desenvolvimento Urbano, que é presidente do Conselho de Administração da Embasa. Ou seja, é macaco tomando conta de banana.

A ”política de regulação” do Governo do Estado não passa, pois, de uma pilhéria, de uma falácia.
A Agersa foi criada para coisa nenhuma. Não vai defender nenhum interesse do cidadão, do consumidor. Ela surgiu mesmo mesmo para abrigar e garantir polpudos salários a alguns que ficam jogando e propagando ideias malucas sobre um serviço de regulação mentiroso.

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