terça-feira, 23 de outubro de 2012

Itabuna quer benefícios do mineroduto da SAM



        Os impactos econômicos, sociais e ambientais do Projeto Vale do Rio Pardo foram apresentados hoje (23), pelo diretor de relações institucionais da Sul Americana Metais - SAM, uma subsidiária da Votorantin Novos Negócios (VNN), Geraldo Magela Gomes, durante um encontro no Centro Administrativo Firmino Alves, com o vice-prefeito Antônio Vieira e secretários municipais, além do presidente da Câmara de Vereadores, Wellington Rodrigues e da Câmara de Diretores Lojistas.
 
O projeto tem um investimento previsto de US$ 3 bilhões e a geração de nove mil empregos diretos para exploração de uma mina em Minas Gerais e construção de um mineroduto ligando Grão Mogol e Padre Carvalho (MG) ao Porto Sul, em Ilhéus (BA), com 482 quilômetros de extensão e que passará próximo a Mutuns, em Itabuna.
 
        Para Antônio Vieira, que representou o prefeito Capitão Azevedo, o projeto é importante pois deverá trazer benefícios indiretos para Itabuna, que funciona como um polo de comércio e serviços na região, em especial nas áreas de educação e saúde, além de atrair investimentos em diversos setores da economia, o que pode significar  a geração de emprego e renda no município.

Etapas

        Geraldo Magela Gomes declarou que o projeto será desenvolvido em várias etapas, mas a sua implementação depende do Porto Sul que deverá ter sua autorização pelo Ibama agora em novembro, “esta é também é uma oportunidade para apresentarmos o projeto que já tem concluído o estudo de impacto ambiental e o relatório (EIA e RIMA) encaminhados ao Ibama e que já foram discutidos com mais de 2,5 mil pessoas em Minas e na Bahia”, argumentou.

        Ele explica ainda que o projeto contempla a exploração da mina, implantação da unidade de beneficiamento, elevando a concentração de minério de ferro de 20% para 65%, construção do mineroduto e do porto licenciado pelo governo do Estado da Bahia. O minério será exportado para atender a demanda chinesa, um país que desponta como uma das potências no mercado mundial e que vem apresentando um crescimento de 7% ao ano.

        Gomes salienta que será transportado pelo mineroduto uma mistura de 70% de minério de ferro e 30% de água: “A nossa proposta é agregar valor ao minério unindo um manejo ambiental com beneficiamento e uma logística eficiente, o que permite operar com custos competitivos, com a exploração de 25 milhões de toneladas anuais a partir de 2015”.

        O mineroduto passara por 21 municípios – 12 da Bahia e nove de Minas Gerais -, além de incluir a construção de adutora em Irapé (MG), com uma estação de bombeamento em Conquista e descendo por gravidade até Ilhéus. A água transportada com o minério será tratada e destinada para consumo industrial para empresas com base no complexo logístico de inclui o Porto Sul e Ferrovia Oeste Leste. O cronograma das obras prevê o licenciamento operacional até 2015.

        Um resumo do estudo de impacto ambiental que reuniu uma equipe de 105 técnicos e resultou num relatório de mais de 9,6 mil páginas, foi apresentado pela coordenadora técnica ambiental do projeto, Cosette Xavier da Silva, que fez uma sinopse do estudo sobre o meio biótico – flora e fauna -, meio físico e aspectos socioeconômicos. 

A coordenadora informou que as obras vão gerar inicialmente nove mil empregos diretos e na fase operacional, serão gerados dois mil empregos diretos e nove mil indiretos. Anunciou ainda, que serão implementados 33 programas de monitoramento, gestão, qualificação de mão de obra, capacitação de empresas e gestão ambiental.
Por: Kleber Torres  Fotos : Waldyr Gomes  23-10-2012

www.itabuna.ba.gov.br 

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