quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sul da Bahia é especialista na produção de cacau fino

Os produtores do sul da Bahia estão se especializando na produção de cacau fino para a confecção do chocolate gourmet, um mercado que tem crescido mundialmente. A Fazenda Lagedo de Ouro, no município de Ibirataia, finalista do concurso de cacau fino e gourmet do Salon Du Chocolat Bahia 2012 se dedicou no manejo diferenciado de produção, para agregar valor e acompanhar as novas demandas do mercado. 

De acordo com o proprietário Pedro Magalhães Neto, em entrevista a TV Mercado, a procura pelo chocolate gourmet é crescente: “É um mercado pequeno, que não existem empresas grandes que compram, são sempre pequenos chocolateiros, artesões do chocolate, dentro e fora do Brasil, que compram em pequenas quantidades, e esse é maior desafio do mercado. Mas, vejo pelo aumento do interesse do público, nas feiras que tenho ido, tanto no Brasil como fora, que é um mercado em franca expansão”. 

Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), nos últimos 10 anos, o consumo de chocolate no Brasil cresceu a uma média de 11% ao ano. O que representa um consumo per capita do país de 1,88 Kg/ano (que corresponde a 160 gramas/mês ou cerca de 5 gramas/dia, esse número para o Brasil representa um incremento do consumo de quase 400%, um dado que demonstra o potencial do país no segmento de chocolates.

Outro fator que tem motivado e aumentado o consumo de chocolate no país, são as recentes pesquisas que mostram que o consumo diário trás benefícios para a saúde, reduz risco de derrames, doenças do coração e diabete, graças aos antioxidantes do cacau que podem evitar pressão alta e melhorar as taxas de colesterol, se consumido 20 gramas ao dia.

Na Lagedo do Ouro, a produção requer cuidados minuciosos, que começa desde a plantação – que é feita em blocos clonais – indo até a fase de fermentação, considerada essencial para a formação dos percussores do gosto e do sabor do chocolate, mas para o proprietário o aumento no investimento é compensado com o alto valor que é agregado ao produto. “Você tem um aumento de 30 a 40% em seus custos, mas se você consegue repassar isso para o seu cliente se torna um bom negocio. Eu continuo afirmando que o gargalo não está na produção, está na comercialização”, concluiu. 

Assista a reportagem completa do Mercado do Cacau, acessando:


Por- Nancy Macedo
Assessoria  do Mercado do cacau

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja responsável

Mais de 80% das pastagens do Sul da Bahia podem ser convertidas em Sistemas Agroflorestais com cacau

ZICO EM ITABUNA NOVAMENTE FAZ PALESTEA

Zico Um dos maiores nomes do futebol mundial esteve em Itabuna neste dia 18 de abril  ministrando uma palestra a empresarios e profissionais...