Na
última quarta-feira (15), o Comitê Gestor do processo de Identificação
Geográfica do Cacau Cabruca Sul da Bahia, promoveu em Camacã, sul do estado, o
III Seminário de Sensibilização da Identificação Geográfica do Cacau Cabruca
Sul da Bahia. O evento foi realizado na Câmara de vereadores do município e
mobilizou inúmeros produtores da região.
De
acordo com o Presidente da Câmara Setorial Nacional do cacau, Durval Libânio, que
fez a abertura do evento destacando o conceito e as propostas da IG para a
região, “a Indicação tem inúmeras vantagens, entre elas, a valorização das
terras que estarão referenciadas, trará também oportunidade de mercado com
aumento do turismo rural, além de ser uma excelente ferramenta de marketing
para os cacauicultores”, informou em entrevista a TV Mercado.
Também
foi apresentado o caso de sucesso do Café do Cerrado Mineiro que tem a
Indicação de Procedência desde 2005, e com resultado bastante vantajoso para os
produtores. “Percebemos que os produtores estão mais envolvidos no processo de
produção e melhorando sempre a qualidade do café. A IG trouxe grandes benefícios,
por exemplo, a produção é vendida de forma diferente e com garantia de
qualidade”, afirmou o representante dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro, Juliano
Tarabal.
Os
produtores presentes saíram motivados com a realização do evento e acreditando
que o registro poderá renovar o ânimo da cacauicultura regional. “É muito
importante ter a IG do cacau, como vimos no exemplo do Café do Cerrado Mineiro,
pois dentre outras vantagens, o produtor vai poder acompanhar através de sites,
até onde chegou o seu produto. Eu achei magnífico”, afirmou o cacauicultor
Deroaldo Andrade.
O Comitê
Gestor do processo de Identificação Geográfica do Cacau Cabruca Sul da Bahia É composto
pelo Instituto Cabruca, Associação dos Produtores de Cacau (APC), IF Baiano,
MAPA, CEPLAC, Associação dos Gestores de Ibirataia, Ipiaú e Região (AGIIR),
Cooperativa da Agricultura Familiar da Bahia (Cooafba), Cooperativa Cabruca,
Cooperativa Agroindustrial de Cacau e Chocolate (CoperAPC), NIT-UESC, MARS
Cacau, RPPN Mãe da Mata. Fonte: Mercado do Cacau
Safra temporã
As entradas de cacau da Bahia estão
limitadas pelas restrições impostas por alguns grandes compradores e o mesmo
fenômeno agora também parece afetar o fluxo de cacau do Pará. De acordo com a
TH Consultoria, as últimas previsões para o Temporão da Bahia estão na faixa de
1,45–1,50 milhão de sacas e alguns analistas admitem a possibilidade de exceder
este número.
Ainda de acordo com a analise parte
da produção pode não aparecer nas estatísticas do Temporão se o atual acúmulo
dos estoques em armazéns no interior não for solucionado até o final de setembro,
caso em que inflacionará as estatísticas da safra principal. As primeiras
previsões para a safra principal da Bahia estão na faixa ampla de 0.9–1,0
milhão sc, sem considerar as possíveis transferências do Temporão.
As importações brasileiras em julho consistiram
de 6.006 toneladas de cacau em grão, 80 toneladas de liquor e 1.645,1 toneladas
de sólidos de cacau, no valor total FOB de US$22.120,1 mil, além de 940.8 toneladas
de chocolates somando US$7.909,7mil FOB. Fonte: Mercado do Cacau com informações
da TH Consultoria.
Nancy Macedo
TV Mercado
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