“Ao concluirmos essa programação com o
ensaio da peça ‘Capitães de Areia’, nos preparamos para abrir novas janelas em
2013 e 2014, quando teremos a oportunidade de comemorar, dentro deste festival,
os centenários de Vinícius de Moraes e Dorival Caymmi”.
A declaração foi dada
no último domingo (12) pelo presidente da Fundação Cultural de Ilhéus, Maurício
Corso, durante o ensaio aberto do espetáculo teatral “Capitães de Areia – Por
Eles Mesmos”, evento que marcou o encerramento do Festival “Amar Amado”.
Na
oportunidade, Corso agradeceu o apoio incondicional do prefeito Newton Lima e a
participação de todos os parceiros comerciais. A iniciativa, que promoveu shows,
cursos, filmes, palestras, peças teatrais e ciclos literários, foi o ponto alto
das comemorações alusivas ao centenário de nascimento do escritor Jorge Amado.
Após reafirmar o sucesso absoluto do Festival “Amar Amado”,
Maurício Corso chama atenção para alguns destaques da promoção, como o
incremento provocado nos bares, restaurantes, cabanas de praia e comércio em
geral da cidade. “Além disso, também não podemos esquecer que os nove dias do
festival proporcionaram excelentes níveis de ocupação em toda a rede hoteleira
do município”, festeja o presidente da Fundaci. Outro ponto alto do evento foi
a Feira Literária “Ler Amado”, realizada no centro de convenções Luis Eduardo
Magalhães, com a participação da Editora Companhia das Letras, diversos
artistas regionais, inúmeras escolas públicas e particulares, grandes
autoridades sobre a obra amadiana, como Jorge Araújo e Florisvaldo Matos,
e a maior tradutora da
obra de Jorge Amado na Rússia e na Europa, Elena Benakova.
O terceiro destaque feito por Maurício Corso é a programação de
eventos artísticos, realizada em um grande palco montado ao lado da praça Dom
Eduardo, na avenida Soares Lopes. Lá, com a atração de milhares de ilheenses e
turistas, desfilaram astros da Música Popular Brasileira, como Caetano Veloso,
Moraes Moreira, Margareth Menezes e Família Caymmi, integrada pelos irmãos
Dori, Nana e Danilo Caymmi. O espaço, que contou ainda com um show inesquecível
da Orquestra Afro Sinfônica da Bahia, também foi enriquecido pela apresentação
de diversos artistas da terra, incluindo atores, cantores e dançarinos. “Nessa
seara, vale ressaltar, conseguimos fortalecer as políticas públicas da cidade
voltadas para a cultura, através da seleção dos artistas locais, por meio de
uma grande chamada pública”, diz, acrescentando que, mesmo os candidatos que
não foram selecionados, tiveram a chance de participar do festival durante o
espetáculo “Ilhéus, suba neste palco”, realizado no Teatro Municipal, no último
dia 8.
Maurício Corso também destaca o sucesso do festival gastronômico,
quando bares, restaurantes e cabanas de praia da cidade tiveram a oportunidade
de preparar pratos, baseados na culinária presente na obra amadiana. Um quinto
destaque feito pelo presidente da Fundaci diz respeito ao Feciba (Festival de
Cinema Baiano) Itinerante “Amar Amado”, que promoveu no dia 5 de agosto, na
Casa de Cultura, o lançamento nacional do filme “A Última Estação”. Durante a
promoção, também foram exibidos
os filmes “Esses Moços”, “Jardim das Folhas Sagradas” e “Capitães de Areia”.
Reafirmação
- “Mais do que qualquer coisa, é fundamental enfatizar que o Festival ‘Amar
Amado’ simbolizou a reafirmação do município nos cenários nacional e
internacional da cultura. Nas últimas semanas, como resultado da força do
festival e da importância de Ilhéus, a cidade foi notícia nos principais
programas de informação do Brasil, como Jornal Hoje, Jornal Nacional e Globo
Repórter, além do UOL, maior provedor de acesso à Internet do país, e das
revistas Veja, Época e Isto É. “A cidade de Ilhéus foi o palco principal das
comemorações”, disse João Jorge Amado, filho do escritor baiano, que, ao lado
de seus filhos João Jorge e Maria João, também participou das homenagens. “A
beleza deste festival vai ficar gravada nos corações e nas mentes de todos que
aqui estiveram”, comentou o cantor Caetano Veloso, que se apresentou no dia 10
de agosto.
Para o comerciante Joacy Barroso, que reside no bairro de Brotas,
em Salvador, “o Festival ‘Amar Amado’ foi uma das melhores coisas que vi nos
últimos anos na área da cultura da Bahia”. Já o carioca Renato Silveira,
bancário que visita parentes em Ilhéus regularmente, se mostrou surpreso com a
qualidade e a organização do festival. “Além de ver todos os shows realizados
na praça, visitei algumas exposições e a maioria dos eventos promovidos pela
Feira Literária. Só espero que tudo isso tenha continuidade”.
O Festival “Amar Amado”, que foi do dia 4 ao dia 12 de agosto,
contou com a produção executiva da Maná Produções, curadoria da Fundação
Cultural de Ilhéus (Fundaci), apoio da Prefeitura Municipal e Bahia Mineração
(Bamin), patrocínio do Desenbahia, Banco do Nordeste, Sky e Embasa, e
realização do Governo do Estado, através das secretarias da Cultura, do Turismo
e de Desenvolvimento Urbano, e do Governo Federal, por meio do Ministério da
Cultura, através da Lei Rouanet (Lei de Incentivo à Cultura).
Jorge Amado - O escritor Jorge Amado
nasceu em 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, distrito de Ferradas,
município de Itabuna, Sul da Bahia. Filho do cacauicultor João Amado de Faria e
de d. Eulália Leal Amado, Jorge passou a infância e parte da adolescência em
Ilhéus. A obra literária de Jorge conheceu inúmeras adaptações para o cinema,
teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba em várias partes
do Brasil. Seus livros foram traduzidos em 49 idiomas, existindo também
exemplares em braile e em formato de áudio-livro. O romancista morreu em
Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Seu corpo foi cremado e suas cinzas
enterradas no jardim de sua residência, na rua Alagoinhas, no Rio Vermelho, no
dia em que completaria 89 anos.Da assessoria
www.ilheus.ba.gov.br
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