Entre
os dias 3 e 9 de julho em Maringá- PR, Luciano Reis, 32, paratleta de maior
experiência do futebol para amputados na Bahia, vai competir no Campeonato
Brasileiro de Futebol para Amputados. O jogador vai participar com apoio da
Superintendência dos Direitos da Pessoa com Deficiência – SUDEF – através da
Secretaria da Justiça Cidadania e Direitos Humanos –SJCDH.
De
acordo com o superintendente da SUDEF, Alexandre Baroni, um dos papeis da SJCDH
é promover cidadania e inclusão social e o esporte é um dos meios para alcançar
este objetivo, envolvendo pessoas com deficiência em projetos dessa natureza.
“Queremos fomentar as atividades desportivas na Bahia em conjunto com a
Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (SUDESB). Quando o Luciano
retornar, vamos obter mais informações de como trabalha essa modalidade e
informações técnicas de como funciona a organização da Associação Niteroiense
dos Deficientes Físicos – ANDEF”, comentou Baroni. “Iremos apoiar os atletas que
já praticam e os que querem fomentar outras atividades desportivas. Se funciona
lá, também haverá de funcionar aqui”, concluiu.
O
Campeonato Brasileiro de Futebol para Amputados vai contar com a participação de
150 atletas. Através da SJCDH/SUDEF, Luciano Reis conseguiu apoio para
participar dos treinos e se preparar para o campeonato nacional em Maringá. Além
do desejo de desempenhar um bom papel no campeonato nacional, seu maior objetivo
é participar do mundial que será realizado na Rússia, em setembro.
Trajetória – O paratleta Luciano foi atropelado
aos 11 anos enquanto jogava futebol com os amigos. Ele perdeu a perna direita,
mas não a paixão pelo esporte. Aos 14 anos voltou a participar de campeonatos,
jogando em times com pessoas sem as mesmas limitações físicas e desde então não
ficou estagnado. Hoje, casado, pai de três garotos, e rodoviário, Reis treina na
praia com um dos seus filhos.
A rotina de Luciano é acordar cedo para treinar e buscar apoio com empresários dos diversos ramos. A tarde transita pela cidade, trabalhando como cobrador de ônibus. “Na Bahia não valorizam esporte amador ou atletas desconhecidos. Somente Bahia e Vitória têm visibilidade e muita gente não conhece o futebol de 7. Se tivéssemos mais reconhecimento na mídia, teríamos mais apoio e não precisaríamos passar tanto descaso”, queixou-se.
Luciano
conta que treinar com pessoas sem as mesmas limitações lhe faz manter a forma e
aumentar o seu esforço físico. Segundo afirma, a paixão pelo esporte desde
criança não o fez permanecer estático ou abatido pelo fato de sofrer a amputação
de uma das pernas: “Quando sofri o acidente jogando bola, amigos que estavam
comigo no momento jogaram o futebol para escanteio com trauma do que tinha
acontecido. Quando voltei a jogar, sem uma das pernas e com duas muletas, tive
que trazê-los de volta aos campos. A amizade e o prazer pelo futebol me fez
voltar a viver feliz como era antes”.
De lá pra cá não parou mais de treinar e jogar, seja no asfalto, no campo ou na quadra, e hoje o objetivo principal é fazer um bom campeonato brasileiro e ser convocado para a seleção nacional para participar da Copa do Mundo de Futebol de 7, que será realizada em setembro, na Rússia.
Da Assessoria de Comunicação SJCDH
imprensa@sjcdh.ba.gov.br
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