quarta-feira, 4 de julho de 2012

Com apoio da SJCDH, paratleta baiano participa do Campeonato Brasileiro de Amputados


Entre os dias 3 e 9 de julho em Maringá- PR, Luciano Reis, 32, paratleta de maior experiência do futebol para amputados na Bahia, vai competir no Campeonato Brasileiro de Futebol para Amputados. O jogador vai participar com apoio da Superintendência dos Direitos da Pessoa com Deficiência – SUDEF – através da Secretaria da Justiça Cidadania e Direitos Humanos –SJCDH.

De acordo com o superintendente da SUDEF, Alexandre Baroni, um dos papeis da SJCDH é promover cidadania e inclusão social e o esporte é um dos meios para alcançar este objetivo, envolvendo pessoas com deficiência em projetos dessa natureza. “Queremos fomentar as atividades desportivas na Bahia em conjunto com a Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (SUDESB). Quando o Luciano retornar, vamos obter mais informações de como trabalha essa modalidade e informações técnicas de como funciona a organização da Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos – ANDEF”, comentou Baroni. “Iremos apoiar os atletas que já praticam e os que querem fomentar outras atividades desportivas. Se funciona lá, também haverá de funcionar aqui”, concluiu.

O Campeonato Brasileiro de Futebol para Amputados vai contar com a participação de 150 atletas. Através da SJCDH/SUDEF, Luciano Reis conseguiu apoio para participar dos treinos e se preparar para o campeonato nacional em Maringá. Além do desejo de desempenhar um bom papel no campeonato nacional, seu maior objetivo é participar do mundial que será realizado na Rússia, em setembro.

Trajetória – O paratleta Luciano foi atropelado aos 11 anos enquanto jogava futebol com os amigos. Ele perdeu a perna direita, mas não a paixão pelo esporte. Aos 14 anos voltou a participar de campeonatos, jogando em times com pessoas sem as mesmas limitações físicas e desde então não ficou estagnado. Hoje, casado, pai de três garotos, e rodoviário, Reis treina na praia com um dos seus filhos.

A rotina de Luciano é acordar cedo para treinar e buscar apoio com empresários dos diversos ramos. A tarde transita pela cidade, trabalhando como cobrador de ônibus. “Na Bahia não valorizam esporte amador ou atletas desconhecidos. Somente Bahia e Vitória têm visibilidade e muita gente não conhece o futebol de 7. Se tivéssemos mais reconhecimento na mídia, teríamos mais apoio e não precisaríamos passar tanto descaso”, queixou-se.

Luciano conta que treinar com pessoas sem as mesmas limitações lhe faz manter a forma e aumentar o seu esforço físico. Segundo afirma, a paixão pelo esporte desde criança não o fez permanecer estático ou abatido pelo fato de sofrer a amputação de uma das pernas: “Quando sofri o acidente jogando bola, amigos que estavam comigo no momento jogaram o futebol para escanteio com trauma do que tinha acontecido. Quando voltei a jogar, sem uma das pernas e com duas muletas, tive que trazê-los de volta aos campos. A amizade e o prazer pelo futebol me fez voltar a viver feliz como era antes”.

De lá pra cá não parou mais de treinar e jogar, seja no asfalto, no campo ou na quadra, e hoje o objetivo principal é fazer um bom campeonato brasileiro e ser convocado para a seleção nacional para participar da Copa do Mundo de Futebol de 7, que será realizada em setembro, na Rússia.

 
 
Da Assessoria de Comunicação SJCDH
imprensa@sjcdh.ba.gov.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja responsável

Mais de 80% das pastagens do Sul da Bahia podem ser convertidas em Sistemas Agroflorestais com cacau

Bolsonaro diz que Brasil nunca esteve tão perto de ditadura

Ex-presidente da República, Jair Bolsonaro . (Foto: Captura/Redes Sociai Ato está previsto para domingo, no Rio de Janeiro Do - Diário do Po...