sexta-feira, 1 de junho de 2012

Santa Casa de Itabuna consolida Serviço de Transplante Renal

         A retomada do Serviço de Transplante Renal pela Santa Casa de Misericórdia de Itabuna foi considerada pela comunidade médica no interior baiano como uma vitória da ciência. A democratização do acesso a mais esta possibilidade de tratamento é a esperança de uma maior qualidade de vida para pacientes renais crônicos. Com o Serviço, a Santa Casa de Itabuna passa assim, a ser a única instituição habilitada para a realização de transplantes renais em todo interior da Bahia. A coordenadora do Serviço, a médica nefrologista, Neyde Vinhático Pontes (CRM7846), fala sobre o novo cenário e as perspectivas futuras para o transplante renal. 

         Executado pelo Centro de Diálise e Transplante Renal da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, o Serviço de Transplante Renal foi retomado em novembro de 2011, após exatos nove anos da sua interrupção. “Realizamos os primeiros transplantes em 2002, procedimentos que obtiveram grande êxito, inclusive, mantendo viva e saudável até os dias atuais uma das pacientes transplantadas. No entanto, com a interrupção, retornamos a uma grande lacuna entre as opções de tratamento para o paciente renal crônico, que, aqui, só contavam com a Hemodiálise e o CAPD”, declarou a médica nefrologista Neyde Vinhático. 

         A possibilidade de retomada do serviço em 2011 veio após o reconhecimento da própria Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), através do Coordenador de Transplantes na Bahia, Eraldo Rocha, que indicou à instituição uma assessoria técnica na área. “Foi assim que nos aproximamos do Grupo Hepato do Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, especializado na realização de transplantes renais, que emprestou seu know-how e vem executando os transplantes junto à nossa equipe própria”, relatou Neyde.

Sobre os transplantes
         Com a retomada do serviço, já foram contabilizados quatro transplantes realizados com sucesso, entre os quais transplantes intervivos e até um procedimento com doador falecido. “Temos ainda outros três pacientes já preparados para transplante, com procedimentos previstos para este mês de abril”, declarou Neyde Vinhático.  

         Sobre os desafios futuros, a Coordenadora do Serviço de Transplante Renal cita a meta para se executar quatro transplantes por mês, além de, em médio prazo, consolidar o serviço como referência na Bahia. Os investimentos realizados na Santa Casa de Itabuna durante os últimos anos convergem para este fim, com destaque para o Serviço de Imagem e Diagnóstico, com equipamentos de ressonância e ultrasson de última geração; o Centro Cirúrgico moderno e habilitado para cirurgias de grande porte simultâneas, como necessário para os casos de transplantes intervivos; ainda é destaque o Centro de Tratamento Intensivo (CTI), unidade que garante o suporte pós-cirúrgico e para intercorrências. 

         “Além deste excelente suporte institucional, a Santa Casa de Itabuna tem no Corpo Clínico uma referência. São duas equipes de cirurgiões urologistas, coordenados por doutor Fernando Cruz, duas equipes de cirurgiões angiologistas, duas equipes de anestesistas, além de três médicos nefrologistas, equipe de apoio e suporte logístico”, detalhou Neyde Vinhático.

Desafios

         Apesar da importância, grandes são os desafios para a manutenção do Serviço de Transplante Renal na Santa Casa de Itabuna, tendo em vista o alto custo dos procedimentos pré e pós-operatório. Alguns dos gargalos estão no elevado custo de algumas medicações imunossupressoras, com tratamentos que chegam a custar R$20 mil por paciente; a necessidade de exames e procedimentos realizados somente em grandes centros; além da hospedagem de pacientes de outros municípios, que necessitam permanecer em Itabuna no pós-operatório.      

         “Buscamos o apoio de empresas, da comunidade e dos parceiros para auxiliar na garantia da permanência deste serviço tão importante”, finalizou Neyde.   

Por - Jak Simões

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