segunda-feira, 11 de junho de 2012

Como você faz falta, professor

O aluno pode faltar, mas simplesmente leva falta. Quem de fato faz falta quando não vem é o professor, o mestre, o educador de fato, e não apenas de direito.

Às vezes é só por um dia, por um motivo qualquer. Ás vezes é por um período maior devido a um recesso previsível ou algo de duração inimaginável. Mas seja qual for o tempo que se passa sem o professor, a sensação com que ficamos é uma só: de perda. A de que faltou alguém para nos passar conhecimento, nos fazer refletir, questionar, desenvolver nosso intelecto. Perdemos uma oportunidade de evoluir porque faltou o professor. E como ele faz falta!

E foi justamente a sensação de perda de um professor o argumento mais tocante - seja no sentido musical como no sentimental - de uma obra, primeiramente em livro e depois em filme, que foi uma das que melhor exaltou a importância do professor: “Ao Mestre com Carinho” (To Sir With Love). A envolvente história de um engenheiro negro interpretado por Sidney Poitier no auge de sua carreira, em 1966, que, desempregado, foi parar na periferia de Londres para dar aula a uma turma rebelde que já havia acabado com a carreira dos professores que o antecederam na escola secundária. Com certeza porque, ao contrário do mestre, não tinham o sangue de professor correndo nas veias.

Mas o que é “ter sangue de professor correndo nas veias”? É algo que realmente vem do coração. Trata-se do mais nobre de todos os sentimentos, o amor, a entrega de corpo e alma ao sacerdócio do ensino. É a obediência à espiritualidade superior que recomenda amar irrestritamente a todos, inclusive aos inimigos. E inimigo é o que não falta na escola onde o mestre entra em cena.

Professor é pro, de profissional. É prof, abreviatura de quem tem uma ampla abrangência de conhecimento para transmitir, tanto ao vivo, no presencial, como a cores, no ensino a distância. Professor é aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina. É o perito ou o capacitado, aquele que confessa publicamente as verdades. Que professa os princípios que norteiam suas ações. Aquele que faz parte não só do corpo docente de uma instituição de ensino, como também do professorado, categoria representativa dos professores, também chamada de magistério.

Honrar um professor ou uma professora é o mesmo que honrar nosso pai e nossa mãe. Separar-se de um professor é experimentar o forte sentimento manifesto na letra da música do filme que tão bem exalta o mestre, quando no final todos os alunos - inclusive aqueles que eram os mais rebeldes - se reúnem para homenageá-lo: “Chegou a hora/De fechar os livros/E os olhares demorados devem acabar/E enquanto eu os deixo/Eu sei que estou deixando meu melhor amigo/Um amigo que me ensinou o certo do errado/E o fraco do forte/É muito para aprender/O que, professor, o que eu posso lhe dar em troca?”
Para todos os mestres, muita gratidão e muito carinho.

Prof. Ed Brasil
Negociações Internacionais pela UESC.

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