Após a realização dos
primeiros transplantes de rins nesta nova fase do Serviço de Transplante Renal
da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, a instituição entrou definitivamente
para as estatísticas positivas do Sistema Estadual de Transplantes, coordenado
pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Incrementando o serviço e
cumprindo obrigatoriedade do Ministério da Saúde, a Comissão Intra-Hospitalar
de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott) foi ativada na Santa
Casa de Itabuna. A Comissão tem como finalidade reduzir o número de pacientes
em lista-única de espera e ampliar a prática de captação de órgãos e tecidos.
Assim, a ampla divulgação do
trabalho da Comissão na Santa Casa de Itabuna, bem como da equipe da
Organização de Procura de Órgãos (OPO), com sede no Hospital de Base Luís
Eduardo Magalhães, deverá refletir diretamente no aumento do número de órgãos e
tecidos transplantados na região. As equipes estão capacitadas para prestar
esclarecimentos sobre transplantes realizados com doador vivo ou doador
cadáver.
A Bahia possui cerca de 3.000
pessoas em fila de espera para transplante e um índice médio de 60% de negativa
familiar para a doação de órgãos e tecidos. A falta de informações adequadas
sobre o processo de doação e transplante de órgãos ainda é um dos principais
obstáculos para a ampliação do número de doações de órgãos.
A Cihdott está disponível no
Hospital Calixto Midlej Filho, sempre no período matutino, sob direção da
enfermeira Jacqueline Ceo (3214-9164). Os demais turnos são cobertos pela
equipe da Organização de Procura de Órgãos (OPO), no Hospital de Base, e
contato 24 horas através do telefone 9945-4600.
Sobre doação de órgãos e tecidos
Sobre doação de órgãos e tecidos
De acordo com a enfermeira da
Cihdott, Jaqueline Céo, para ser um doador, não é necessário fazer nenhum
documento por escrito, bastando que a família do potencial doador esteja ciente
da sua vontade. A remoção de órgão ou tecido somente será realizada mediante
autorização familiar por escrito. “Não existe possibilidade de doação de órgão
sem que a família documente a vontade e autorização para o procedimento”,
declarou Jaqueline Céo.
Ainda de acordo com a
enfermeira da Comissão, quando for constatada a morte encefálica do paciente,
seguida da autorização familiar, um ou mais órgãos e tecidos poderão ser
aproveitados e salvar vidas de pessoas que aguardam na fila de espera. Já na
doação pós-morte, no caso de parada cardíaca, só podem ser doados os tecidos e
as córneas.
Por - Jack Simões
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