segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Justiça mantém legalidade da greve dos bancários em Mato Grosso

A greve dos bancários de Mato Grosso continua forte, soma doze dias neste sábado (08) e por este motivo, os bancos tentam de todas as formas impedir que os trabalhadores lutem pelos seus direitos. Uma das estratégias utilizadas é usar a justiça para barrar a greve. Mas esta estratégia deixou bancos em Cuiabá e Sinop frustrados ao terem o pedido de interdito proibitório contra o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso negado no Tribunal Regional de Mato Grosso. 

O primeiro banco a ter o pedido negado foi o Itaú e logo depois foi o HSBC em Cuiabá, na última semana de setembro, durante a primeira semana de greve da categoria. Outro pedido negado foi o do banco Santander recentemente. O banco HSBC de Sinop também teve o pedido de interdito negado pela justiça. 

Para o Tribunal Regional do Trabalho, não houve provas que caracterizassem a greve dos bancários como ilegal, além de ser a greve um instrumento de reivindicação garantido aos trabalhadores. De acordo com a jurisprudência, interdito proibitório se define como ação de manutenção de posse e de reintegração. 

Este instrumento é utilizado pelos bancos para desmobilizar os trabalhadores a fazer greve. Mas como vem acontecendo em Cuiabá e Sinop, os pedidos apresentados pelos bancos não estão sendo aceitos pela justiça pelo fato da mobilização dos bancários ocorrer dentro da legalidade. 

Tanto é que a juíza titular da 1ª Vara do Trabalho de Cuiabá, Mara Oribe, ao analisar os argumentos do banco Itaú, fez referência à Lei nº 7.783/1989, que reconhece ser a greve verdadeiro direito do trabalhador. De acordo com ela, não há nenhum incidente alegado antes e durante o movimento que justifique a imediata intervenção do Poder Judiciário. 

O presidente do SEEB-MT, Arilson da Silva, observa que os bancos preferem gastar dinheiro em recursos judiciais a negociar com seus empregados. “Os pedidos de interdito dos bancos são formas de intimidar os bancários a desistir de lutar pelos direitos, mas vamos nos manter fortes por mais segurança nas agências, reajuste salarial de 12,8%, maior PLR, mais contratações, enfim, mais respeito e valorização por emprego decente”. 

Enquanto os bancos tentam intimidar os bancários, a greve cresce em Mato Grosso com aumento de adesão em municípios de todas as regiões. A greve completa neste sábado (08), doze dias e mobiliza trabalhadores que lutam por melhorias para toda população. 

Foto: G-01
Itabuna
Em Itabuna, muitas pessoas ainda estão sendo prejudicadas, principalmente, o comércio, as agencias continuam fechadas. Jorge Barbosa, presdiente do Sindicato local, obdece as decisões a nível nacioal. E a greve continua. 

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