Giulio Sanmartini
Vamos assistir mais um capítulo da eletrizante novela “O Rei da Merda”.
Antes gostaria de lembrar um fato que aconteceu no dia 12 de outubro de 1977. Na época o general-presidente era Ernesto Geisel (1908/96), ele estava empenhado em costurar sua sucessão, que ocorreria no ano seguinte. O escolhido tinha sido o general João Baptista Figueiredo (1918/99) que estava exercendo o cargo de chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI).
Todavia o ministro do Exército, general Silvio Frota (1910/96). Ele picado pela mosca azul, quis porque quis, ser ele o novo presidente. Circulou pela Vila Militar, que na época representava a força do Exército, sentindo-se forte começou a promover seu objetivo. Fato que desagradou o presidente, que o chamou. Frota entrou no gabinete foi convidado a sentar-se e na bucha Geisel lhe disse: “Frota, nós não nos entendemos mesmo. Quero que você se demita.” Ao que o outro respondeu “Não tenho a menor intenção de demitir-me! Sou o chefe do Exército!”, diante dessa audácia Geisel foi determinante: “Então você está demitido, porque o cargo me pertence!”,
Silvio ainda quis sair de rabo em pé e falou suas últimas palavras como ministro. “Você não tem força para isso e eu não me demito e vai tomar no cu!”. O presidente sem levanta a voz concluiu a entrevista: “Sai daqui seu filho da puta!”.
O ministro foi-se batendo a porta e antes que saísse do Palácio do Planalto o decreto de seu exoneração estava assinado e o novo ministro general Fernando Belfort Bethlem (1914) era empossado.
Está história, tirando-se a parte heterodoxa do fecho, serve de exemplo como deve agir um presidente, quando desafiado por um seu subordinado.
A “presidenta” Dilma Rousseff , parece que não sabe fazer uso da autoridade que lhe foi dada pelo povo brasileiro. Seu comportamento com relação a seu ministro da Defesa chega a ser patético. Demonstrar que não digeriu a declaração de Nelson Jobim ‘Eu Votei no Serra’ não é suficiente e não resolve a crise. Da mesma sorte que também de nada adianta causar-lhe constrangimentos, como aconteceu numa cerimônia militar, tratando-o com frieza protocolar e não mencionar seu nome no discurso.
Mas aí chegou a bocarra imunda do ex-presidente Lula, que de passagem pela Escola Superior de Guerra (ESG) em 29/7, afirmou: “Nunca me preocupei em perguntar aos meus amigos em quem votam, o voto é sagrado e cada um vota em quem quer…O Jobim não foi convidado para o meu governo por causa do voto dele.”
O fato de Lula estar fazendo de tudo para segurá-lo, tem cheiro de negociata, pois ambos além de não serem honestos tem interesses na compra do caças franceses Rafale.
Agora só resta esperar o final dessa porca novela.
(*) Fotomontagem: no sentido horário: Ernesto Geisel, Silvio Frota, Nelson Jobim e Dilma Rousseff
(*) Texto de apoio: Josias de Souza,
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