sexta-feira, 17 de junho de 2011

Secretário preocupado com a crise no Hospital de Base

O secretário municipal da Saúde de Itabuna, Geraldo Magela, mostra preocupação com a situação do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem). Na última quarta (15), os médicos da instituição iniciaram uma paralisação de advertência, suspendendo por oito dias os atendimentos aos pacientes dos municípios pactuados. A decisão se deu em protesto contra a falta de recursos financeiros para a manutenção do hospital.

O Hblem sobrevive com recursos do SUS e vem tendo a sua situação financeira agravada em função da limitação dos repasses no patamar de R$ 1,5 milhão por mês, insuficiente para cobrir as despesas. Magela afirma que aposta no entendimento e no diálogo com a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), chamando atenção para a importância estratégica do Hospital de Base, que possui a maior unidade de emergência do SUS no Sul da Bahia e atende a população de mais de 120 municípios do Estado.

A paralisação de advertência no Hblem foi decidida pelos médicos da instituição, em assembléia extraordinária. Os profissionais alegaram que os recursos destinados ao hospital não são proporcionais à demanda dos pacientes de Itabuna e dos municípios pactuados, quadro que também preocupa a Secretaria Municipal da Saúde.

Mesmo com todas as dificuldades, o atendimento no Hblem será normalizado no dia 23 de junho. Até lá, segundo comunicado dos médicos, serão realizados apenas os atendimentos de urgência e emergência, além do atendimento integral à população de Itabuna.

Segundo Magela, 60% dos pacientes atendidos no Hospital de Base de Itabuna vêm de outros municípios. A maioria deles tem pactuação com a Secretaria Municipal da Saúde, mas os repasses correspondentes a esses atendimentos não são feitos pela Sesab.

Para Geraldo Magela, o correto seria o Estado dar ao Hospital de Base, que é público, tratamento pelo menos equivalente ao concedido às instituições de saúde filantrópicas, observando-se os princípios normativos do SUS. “O estado propõe para o Hblem um repasse de recursos pós-fixado, o que exigiria da direção do hospital investimentos elevados e que seriam impraticáveis para quem trabalha com recursos escassos”, afirma o secretário.

O ideal, segundo Magela, é a ampliação dos repasses mensais para R$ 2,5 milhões por mês pelo sistema pré-fixado, com definição de um cronograma para implantação do modelo de prestação de serviços pós-fixado, para evitar o agravamento dos problemas enfrentados pelo hospital.

Por:  Kleber Torres Fotos: 17-6-2011

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