Nem mesmo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) ( órgão devidamente aparelhado pelo governo petista) pode deixar de evidenciar em estudo, que cresce a importância das commodities na pauta de exportações do Brasil, enquanto a indústria brasileira vai perdendo competividade.
Nos anos 1990, a participação das commodities estava em torno de 40%; entre 2007 e 2010, chegou a 51%. Concomitantemente, no mesmo período caiu a participação do Brasil em todas as outras áreas.
Isso quer dizer que o país exporta mais o produto primário e cede mercado a outras economias de produtos de maior valor agregado, que geram mais empregos e implicam desenvolvimento tecnológico e industrial.
O dado aponta para a desindustrialização do país, que, segundo alguns especialistas, já estaria em curso. O Ipea, informa que o ferro foi o principal responsável pela grande elevação do peso das commodities na pauta de exportações brasileiras em 2010.
O governo, já disse mais de uma vez, não tem resposta para essa equação. O real supervalorizado torna pouco competitiva a indústria brasileira; na outra ponta, o potentado chinês mantém elevada a demanda por commodities — e ninguém torce para que o Brasil tome um tombo nessa área — e segura sua moeda desvalorizada no porrete, o que o faz um competidor difícil de vencer na indústria.
O governo brasileiro já confessou que o dólar desvalorizado ajuda a manter a inflação sob controle, ainda que um controle bem acima do centro da meta. Na verdade, o governo também já perdeu o controle sobre a inflação.
Os grandes industriais brasileiros estão tentando se salvar, mudando suas fábricas para outros países, como é o caso recente da Vulcabrás, que comprou a Azaléia e está transferindo tudo para a China.
A Azaléia, empresa gaúcha de calçados, fechou hoje a sua última fábrica no Rio Grande do Sul, e demitiu os últimos 840 funcionários, dos 5.000 que empregava antes de ser comprada, pela Vulcabrás.
O mais irônico nisso tudo, é que a Azaléia foi comprada pela Vulcabrás, de Pedro Grendene, com um daqueles empréstimos famosos do BNDES: R$ 314 milhões. A empresa vai agora produzir os calçados e empregos na China, com dinheiro do BNDES, ou seja, dinheiro do governo do Partido dos Trabalhadores ( parece que TRABALHADORES da China).
É válido registrar, que o Sr. Pedro Grendene, pessoa física, doou R$ 1 milhão para a última campanha de Lula. Ainda não se sabe quanto doou para a campanha de Dilma.
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