Governo não convence oposição sobre mínimo de R$545
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, foi à Câmara dos Deputados defender junto às bancadas do PSDB e do DEM a proposta do governo, que deve ser votada na quarta-feira na Casa.
Para o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), há espaço para um valor acima do que o governo prega. Ele pretende apresentar emenda elevando o valor do mínimo para 600 reais, embora parlamentares do partido admitam apoiar o valor de 560 reais, proposto pelo DEM.
Segundo Nogueira, há espaço para conceder aumento de 600 reais, sem causar desequilíbrio às contas públicas e à responsabilidade fiscal. O deputado citou gastos com passagem aéreas e hospedagem pagos pelo governo como despesas "comprimíveis".
"O governo não nos convenceu, quem nos convenceu foram os técnicos, os convidados e também as próprias centrais sindicais", completou.
O deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), líder do DEM na Casa, também divergiu dos argumentos de Barbosa. Para ele, o impacto orçamentário gerado por um valor maior do que o proposto pelo governo é "perfeitamente ajustável".
"A gente sabe que o governo está jogando a estimativa de receita lá para baixo e que portanto existe espaço dentro do Orçamento para suportar um reajuste superior", declarou ao sair de reunião com sua bancada, que deve propor o valor de 560 reais para o salário mínimo.
A presença do número dois da pasta da Fazenda na Câmara, acompanhado do ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais), faz parte da pressão da presidente Dilma Rousseff para aprovar o valor de 545 reais, dias após o anúncio de corte de gastos de 50 bilhões de reais.
Segundo o secretário, qualquer aumento acima do valor proposto pelo governo implicará corte adicional de despesa. Cada 1 real adicional de aumento representa uma despesa adicional anual de aproximadamente 300 milhões de reais para o governo federal, explicou.
Por: reuters brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja responsável