quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Aposentados podem ter reajuste de 7,7%

Publicada: 16/02/2011 00:29




Na esteira do reajuste do salário mínimo, aposentados e pensionistas prometem fazer barulho na Câmara para aprovar a emenda que corrige o piso previdenciário de quem ganha acima do mínimo em 7,78%. A medida, do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), será apresentada hoje, quando os deputados deverão, enfim, definir se os trabalhadores terão os R$ 545, defendidos pelo governo, ou os R$ 560, que ganham força entre deputados.

“Vamos levar de 500 a 600 pessoas à Câmara, quando o ministro Guido Mantega (Fazenda) estará reunido com as lideranças do governo. Queremos aumento real para trabalhadores e também aposentados. Buscamos 80% em cima de R$ 560”, afirmou Warley Martins, presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap).

Será preciso muita pressão para que o reajuste dos benefícios dos inativos tenha lugar na mesa de debates do piso nacional. Para o autor da proposta, deputado Arnaldo Sá, não será fácil vencer acordo que une PT ao DEM e ao PSDB.
“A emenda à medida provisória do salário mínimo vai ser apresentada na quarta-feira. Mas, infelizmente, o Vaccarezza (PT/SP) já fechou acordo com ACM Neto (Antônio Carlos Magalhães/DEM/BA) e Duarte Nogueira (PSDB/SP)”, disse o deputado.

Hoje, a Câmara recebe o ministro Guido Mantega, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, e o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva. Eles participam de comissão geral que discutirá e poderá definir o novo piso nacional dos trabalhadores.

Além da definição do novo valor do mínimo, deputados também devem discutir amanhã o índice de correção da tabela do Imposto de Renda. O governo decidiu reajustar o IR em 4,5%; já as centrais sindicais querem que o índice de correção da tabela seja de 6,46% — o equivalente à inflação de 2010.

O reajuste elevaria a faixa de isenção do IR dos atuais R$ 1.499,15 para R$ 1.556,61. A correção da tabela deverá ser feita só após a votação do piso nacional e está condicionada à aprovação do valor de R$ 545.
Brasília promete ferver nos dias que antecedem à definição do novo mínimo. A Central Única dos Trabalhadores e a Força Sindical organizam mobilizações, dentro e fora da Câmara dos Deputados, para pressionar os parlamentares por um aumento acima dos R$ 545, valor defendido pelo governo.

Amanhã, servidores federais prometem se reunir em ato pela valorização do piso nacional e pela campanha salarial nacional unificada do funcionalismo.

Por: Tribuna da Bahia

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