quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Senador ataca medida de pesquisas utilizadas po Lulla

Senador surpresa ataca pesquisas Aloysio Nunes Ferreira critica as metodologias dos institutos
certeza que José Serra vence Dilma Roussef no segundo turno
Por - Fernando Zanelato e Francisco Itacarambi,Agência BOM DIA


De grande azarão da eleição em São Paulo a senador mais votado do país, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) desdenha das pesquisas que o apontavam, até a véspera da eleição, na terceira colocação.

 Com 11.189.168 votos embaixo do braço, diz que não cobrará o papel de protagonista no Senado, mas dá a entender que vai lutar para assumir esse papel com o mineiro Aécio Neves (PSDB).

Aloysio também não poupa palavras para falar sobre a candidata petista à presidência Dilma Rousseff e garante que o ex-chefe José Serra será eleito no dia 31.

BOM DIA_ Qual o sentimento da vitória?

ALOYSIO NUNES - O sentimento é de alegria imensa porque eu já disputei muitas eleições e essa foi a mais importante de todas elas. Mas acho que é preciso repensar a exatidão e a veracidade das pesquisas, especialmente na eleição para senador. Algumas erraram feio. É preciso repensar muito a metodologia das pesquisas, inclusive para presidente.

Fernando Henrique é melhor cabo eleitoral que o Lula?

Eu precisava mostrar claramente para o eleitor qual era o campo político que minha candidatura estava inserida. Eu precisava ter o aval e a apresentação dessas figuras como o Serra, o Fernando Henrique, o (Geraldo) Alckmin, o prefeito (Gilberto) Kassab.

Há alguma frustração por ter aberto mão da candidatura a governador para o Alckmin?

Não. Não podia haver melhor candidatura ao governo do que a do Geraldo Alckmin. Ele foi impecável.

Como será ser minoria no Senado?

O Serra vai ser presidente e quando o presidente tem uma agenda legislativa clara, com base em projetos definidos como fez o Fernando Henrique, diferentemente da agenda do Lula que é errática, toda composta de medidas provisórias, é mais fácil fazer a maioria. O método que o presidente Lula adotou é o do varejo que acabou dando no mensalão.

Seria demais São Paulo eleger Tiririca e Netinho?

Seria uma dose muito alta, excessiva. Acho que o voto do Tiririca foi um voto de protesto, mas também de uma candidatura esperta para eleger quem vem na rabeira dele. Foi uma manipulação de um partido político do desconforto da população com determinadas práticas que hoje atingem o Congresso. O Netinho eu não sei o que dizer, nem mesmo do seu trabalho legislativo.

O Netinho pode também ter sido alvo de um voto de protesto, mas ao contrário? Para não elegê-lo as pessoas votaram no senhor?

Não, não creio.

O que o senhor vai fazer de diferente dos senadores de São Paulo com mandato hoje?

Eu acho que o (Eduardo) Suplicy (PT) vive em um universo paralelo. Ele não tem uma presença forte na defesa dos interesses do povo e das causas de São Paulo. A grande obra dele é a construção da sua imagem. O (Aloízio) Mercadante (PT), até pela função de líder do governo, foi mais um senador de um partido do que do estado. Eu pretendo ser o senador do conjunto do estado. É preciso restaurar também o prestígio e a autoridade moral do Senado.

Por ser do interior, de Rio Preto, o senhor pretende dar mais atenção aos municípios?

É urgente regulamentar a Emenda 29, que disciplina os gastos da saúde. É preciso reestabelecer o equilíbrio federativo para que os municípios possam ter um horizonte mais seguro da sua capacidade de investimento. Hoje nenhum tem condição de planejar a médio prazo os seus investimentos porque dependem de transferências voluntárias.

O senhor vai brigar para ser protagonista no Senado?

O representante de São Paulo no Senado tem um peso grande.

O que o Serra precisa fazer para vencer a eleição?

Eu acho que o segundo turno ocorreu porque o eleitor percebeu que a ministra Dilma não é tudo isso que o Lula fala dela. Ficou evidente a falta de envergadura da ministra para ser presidente da República. O que o Serra precisa é simplesmente confrontar, haver um confronto aos olhos da opinião pública de duas pessoas que se propõem a dirigir o país.

A questão religiosa vai ser colocada nesse debate?

Não creio. A questão religiosa é uma questão da esfera privada.

Qual a sua avaliação sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos do governo?

Tem algumas coisas que são inaceitáveis nesse programa, que fazem parte do DNA do PT que são essas histórias de controles sociais. O mais escândaloso é o controle social da mídia. Coisas absurdas como as novas regras para invasão de terras, que geraria enorme insegurança ao campo, A questão do aborto divide profundamente a sociedade brasileira. Vai levar a uma discórdia, a um azedume, a um grau de tensão e hostilidade entre os brasileiros, Mas o que mais impressiona é que a ministra da Casa Civil [Dilma Rousseff] levou isso para o presidente sem ter lido o documento, sem ter alertado o presidente dos problemas políticos que ele contém. É mais uma evidência da falta de preparo e de competência dessa senhora para ser presidente da República.

Quais são os três principais desafios do Alckmin à frente do estado?

Temos que aprimorar a educação, não só no ensino técnico e profissional, mas sobretudo no reforço do ensino fundamental. Na área da saúde ainda temos carências hospitalares em algumas regiões e a segurança que é um combate permanente do bem contra o mal.

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