Em Pernambuco, Serra diz que dinheiro que poderia ser usado para um salário mínimo de R$ 600 hoje é desviado pela corrupção
O candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, fez um comício nesta segunda-feira em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana de Recife, em Pernambuco. Em seu discurso, Serra afirmou que o dinheiro público que poderia estar sendo investido em obras é desviado pela corrupção.
"É menos dinheiro para a saúde, para o salário mínimo e para a previdência, porque vai para o bolso de quadilhas de corruptos, que tiram o dinheiro do investimento público", disse. Serra voltou a dizer que é possível ter um salário mínimo de R$ 600 ("e não de R$ 538 como esse governo quer") e um reajuste para os aposentados de 10% ("e não de 5%").
Em referência direta à rival petista, Dilma Rousseff, o tucano criticou a demora na conclusão de obras de infraestrutura na região Nordeste, como a ferrovia transamazônica, a refinaria e o canal do sertão. Serra lembrou que Dilma é aclamada pelo governo como coordenadora desses projetos, que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Não era ela a coordenadora dessas obras? Eu acho que o Lula não escolheu bem no passado”, ironizou.
Serra também relacionou as recentes denúncias envolvendo a Casa Civil com a ex-ministra Dilma Rousseff e comparou-se a ela. “Minha vida é um livro aberto. A outra é um envelope fechado. Agora que abre uma pontinha, começa a sair um monte de coisas chatas”, disse.
O candidato voltou a dizer que Dilma não tem autonomia. “Quem discute por ela é o presidente da República. É o Lula. É uma coisa fenomenal”, afirmou. Ele classificou Dilma como uma "candidata desconhecida", escolhida por Lula, que "tem uma parte da história fechada em um cofre", referindo-se aos arquivos do regime militar.
Acompanharam Serra o candidato ao governo de Pernambuco pelo PMDB, Jarbas Vasconcelos, o senador e presidente do PSDB, Sérgio Guerra, além dos candidatos ao Senado na chapa tucana, Marco Maciel e Raul Jungmann. Antes do comício, Serra fez uma caminhada pela região central de Jaboatão dos Guararapes. Muitos comerciantes baixaram as portas de seus estabelecimentos com receio de que o local fosse prejudicado pelos militantes e moradores que participavam do ato.
Nara Alves, enviada a Pernambuco
20/09/2010 20:58
IG Eleições
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