domingo, 26 de setembro de 2010

Em debate, Marina e Dilma trocam acusações sobre ministérios

26 de setembro de 2010 23h21 atualizado às 23h32


ReduzirNormalAumentarImprimirNo 3° bloco do debate com presidenciáveis da Rede Record, neste domingo (26), as candidatas Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT) trocaram acusações sobre a atuação das duas no ministério do governo Lula. Marina perguntou o que a petista fez para impedir a corrupção na Casa Civil. Dilma diz que em sua gestão não teve nenhum caso de corrupção que passasse sem investigação. Marina insistiu, citando os escândalos envolvendo os ex-ministros Erenice Guerra e José Dirceu, que caíram devido a escândalos. "É lamentável que isso tenha acontecido bem próxima do gabinete da presidência. Como é que isso se repetiu duas vezes?", persistiu.



Dilma rebateu: "Marina, (fiz) a mesma coisa feita por você quando ministra do Meio Ambiente, que teve processo similares, pessoas envolvidas na venda e compra de madeira do desmatamento. Isso foi objeto de investigação", respondeu.



Plínio também focou seu ataque em Dilma. Sobre a valorização do salário mínimo, o candidato do Psol afirmou que há intenção do governo em manter a população na pobreza. "A valorização é mínima. O DIEESE diz que o salário mínimo deve ser de dois mil reais", disse. Plínio afirmou que se "não fizer a bolsa-banqueiro, pode perfeitamente aumentar esse salário e a Bolsa Família". "Eike Batista ganhou mais do que um ano de Bolsa Família", acrescentou.


Dilma afirmou que "o reajuste sistemático do salário mínimo vai elevar para bem acima dos R$ 600 prometidos por Serra". "Você acha que é possível viver com um salário mínimo?", questionou Plínio.


No começo do bloco, o candidato do Psol, Plínio de Arruda Sampaio, abordou o desempenho da educação em São Paulo durante a gestão de Serra no Estado. "Como você pode se apresentar candidato à presidência com um péssimo desempenho na educação?". O tucano citou o programa onde coloca duas professoras por sala de aula e o programa "Ler e Escrever". "Eu mesmo como prefeito e governador fui dar aula na sala para sentir isso dos alunos", respondeu o tucano. "Você não deve ser um bom professor porque não deu resultado", rebateu Plínio.



Política antidrogas também foi debatida. Marina disse que "nos últimos 16 anos nós não tivemos uma política efetiva de segurança pública", enquanto Serra prometeu criar uma "rede nacional de clínicas" contra as drogas. "Isso não acontece agora porque o PT é contra os hospitais especializados", disse. Marina aproveitou o gancho e criticou o tucano por ter criado "duas ou três" clínicas em sua passagem pelo governo de São Paulo.



Numa discussão sobre impostos no Brasil, Serra disse que, atualmente, há muita sonegação e defendeu a ampliação do Nota Fiscal Paulista para todo o Brasil. Plínio pediu para que Serra zere o ICMS e aumente os impostos pagos pelos ricos. O tucano disse que zerar o ICMS quebraria o estado.


Fotos arquivo R7.com
Redação Terra

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