quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Serra diz que loteamento de cargos chegou ao extremo

'A Funasa foi praticamente jogada no chão pelo loteamento político', afirma candidato tucano


18 de agosto de 2010
13h 29

SÃO PAULO - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, acusou o governo federal de promover o loteamento de cargos públicos em ministérios e empresas estatais. Ele citou de forma específica os Correios e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). "Chegamos ao ponto extremo no caso da administração federal. O loteamento chegou a praticamente todas as esferas", afirmou, durante debate promovido na capital paulista, em resposta a pergunta de um internauta sobre o que faria, se eleito, para combater o aparelhamento do Estado. "A Funasa foi praticamente jogada no chão pelo loteamento político. Um descalabro."



"Nos Correios, foi tudo loteado entre partidos, setores de partidos e grupos de deputados, baixando muito o nível dos serviços", disse. Serra afirmou que a primeira coisa que fez quando assumiu o Ministério da Saúde durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi "limpar a Funasa". "É preciso dar um choque e um fim a esse troca-troca desavergonhado." A presidenciável do PT, Dilma Rousseff, pediu direito de resposta, mas a organização do debate considerou não ter havido ofensa pessoal na fala de Serra.


A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, foi questionada sobre o que achava do fato de bancos e empreiteiras estarem entre os maiores doadores de recursos para a campanha de políticos no País. "Se as doações não são feitas por amor, devem ser feitas de acordo com a lei, com transparência e pudor", respondeu. Ela disse que sua campanha já conta com a contribuição de 400 pessoas físicas pela internet, "quebrando a lógica de poucos contribuindo com muito". Ela aproveitou ainda a pergunta feita a Serra para dizer que foi a única, entre os candidatos, que teve liberdade para escolher seu vice, o empresário Guilherme Leal.


Dilma foi questionada sobre sua posição sobre o aborto. "Eu pessoalmente não sou a favor do aborto. Não acredito que tenha uma mulher que seja favorável ao aborto. São situações a que mulheres recorrem no desespero. É uma questão de saúde pública", disse, ressaltando ser a favor do procedimento nos casos estabelecidos por lei - estupro e risco de morte para a mulher. De acordo com ela, nos casos de conflito, cabe à Justiça arbitrar cada caso. "A lei é clara e deve ser cumprida."

Estadão.com.br

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