segunda-feira, 5 de julho de 2010

Serra registra candidatura e diz que campanha custará R$ 180 mi
Serra declarou patrimônio de R$ 1,42 milhão e seu vice, R$ 1,44 milhão. Coligação ‘O Brasil pode mais’ é composta de seis partidos
Serra e Indio na convenção do DEM, na quarta passada (1º) (Foto: Dida Sampaio/Agência Estado)


O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, apresentou nesta segunda-feira (5) o pedido de registro de candidatura ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Protocolado uma hora antes de encerrar o prazo para formalização das candidaturas, o documento traz a declaração de bens do tucano e de seu vice, o deputado Indio da Costa (DEM-RJ), e prevê estimativa de até R$ 180 milhões de gastos com campanha.

O candidato tucano declarou um patrimônio de R$ 1,42 milhão e o seu vice, de R$ 1,44 milhão. Na sua lista de bens, Serra informou possuir uma casa avaliada em R$ 61 mil, um terreno de R$ 44 mil, três salas comerciais avaliadas em R$ 240 mil e aplicações financeiras que completam o R$ 1,4 milhão declarado à Justiça Eleitoral.

Indio da Costa por sua vez disse ter R$ 401,7 mil em fundos de investimento, dois terrenos avaliados em R$ 460 mil, um ultraleve de R$ 170 mil, um barco de R$ 206 mil, além de ativos financeiros e depósitos bancários.

Os pedidos de registro de candidatura poderiam ser feitos no TSE até as 19h desta segunda. Com o protocolo da chapa tucana, o processo será entregue à relatoria de um dos ministros do tribunal, que vai analisar os documentos apresentados por Serra e Costa para decidir se concede ou não o registro. A coligação “O Brasil pode mais ”é composta por seis partidos: PSDB, DEM, PPS, PTB, PMN e PTdoB.

O TSE analisa apenas os registros de candidaturas à Presidência. Os pedidos de candidatos aos demais cargos são encaminhados ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de cada estado. Para se habilitarem ao pleito de outubro, os concorrentes ao Palácio do Planalto e aos governos estaduais devem apresentar ao TSE e aos TREs a plataforma de governo, a previsão de gastos para a campanha, a certidão criminal e a declaração de bens, assim como a foto que irá ser utilizada na urna eletrônica.

O TSE tem até o dia 5 de agosto para decidir e publicar as decisões sobre todos os pedidos de registro de candidatura recebidos. Caso a solicitação seja negada, o TSE tem até 19 de agosto para julgar eventuais recursos. Uma lista prévia com todos os políticos que solicitaram registro será divulgada no dia 8 julho pela Justiça Eleitoral e os candidatos que não estiverem no levantamento poderão solicitar sua inclusão até o dia 10 do mesmo mês.

Os demais candidatos:

Marina Silva (PV)


A primeira presidenciável a registrar candidatura junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi Marina Silva, do PV, que entregou os documentos no TSE na última quinta-feira e previu gasto máximo de R$ 90 milhões e revelou possuir um patrimônio de apenas R$ 148 mil. Os demais candidatos deixaram o registro para esta segunda-feira.

Dilma Rousseff (PT)

Em sua declaração de bens, a candidata do PT, Dilma Rousseff, discriminou patrimônio de R$ 1,06 milhão, formado por dois apartamentos em Porto Alegre (RS), um em Belo Horizonte (MG) e um automóvel no valor de R$ 30 mil.

Dilma estipula teto de gastos de R$ 187 milhões em sua campanha eleitoral, montante que será repartido entre PT (R$ 157 milhões) e PMDB (R$ 30 milhões). O valor é cerca de 80% maior do que o declarado pela campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2006 (R$ 104,3 milhões).

O vice da chapa de Dilma, o deputado federal Michel Temer (PMDB-SP) informou ter patrimônio superior a R$ 6 milhões, montante bem abaixo do especificado pelo empresário Guilherme Leal, vice de Marina, de cerca de R$ 1,19 bilhão, dividido em bens como imóveis, terrenos, ações e obras de arte.

José Maria Eymael (PSDC)

Três presidenciáveis preferiram ir pessoalmente ao TSE. Levy Fidélix, do PRTB, José Maria Eymael, do PSDC, e Ivan Pinheiro, do PCB, fizeram o registro de suas candidaturas acompanhados dos advogados de seus partidos.

José Maria Eymael e Zé Paulo da Silva Neto, candidatos do PSDC, vão gastar no máximo R$ 25 milhões na campanha. Eymael tem patrimônio de R$ 3 milhões, e disse que após duas tentativas de chegar à Presidência, em 1998 e 2006, tem reais chances de vencer o pleito.

— Nas outras vezes cumpri uma missão, agora estou disputando para vencer — disse Eymael, que afirmou ser o quarto nas pesquisas eleitorais e ter o Twitter que mais cresce proporcionalmente entre os candidatos. E destacou que tem a expectativa de disputar o segundo turno.

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidélix, do PRTB, depois de tentar oito eleições para cargos eletivos desde 1986, sem vitória, pleiteia, pela segunda vez, a Presidência da República. Fidélix afirmou que irá gastar até R$ 10 milhões em sua campanha. O candidato declarou um patrimônio de R$ 150 mil reais, divididos entre participações societárias, imóvel, carro e caderneta de poupança. Seu vice, Luiz Ayres Duarte, declarou R$ 219 mil, formado por uma casa e dois carros.

Fidélix disse ainda que pode ser o "azarão" das eleições:

— Você vê a Copa da África agora. Aqueles que em tese seriam os que poderiam ganhar a Copa, ficaram para trás. Vieram as surpresas. No mundo político quando o candidato mostrar a que veio, o eleitor vai ver a consistência do candidato, não a estrutura partidária.

Ivan Pinheiro (PCB)

Ivan Pinheiro, do PCB, chegou ao TSE perto de terminar o prazo para o registro, às 19 horas. Ele declarou uma patrimônio de R$ 355 mil, e disse que gastar R$ 200 mil na campanha. Pinheiro afirmou que defende uma revolução socialista sem violência, como ocorreu na Bolívia:

— Nosso objetivo é muito mais político que eleitoral. Não vamos dizer o que dá voto, mas sim nossas ideias políticas — disse.

Rui Pimenta (PCO)

Rui Pimenta, do PCO, previu um gasto de R$ 100 mil para sua campanha ao lado do vice Edson Dorta Silva. A declaração de bens de Pimenta mostra que ele é proprietário de um terço de um imóvel em São Paulo, avaliado em R$ 80 mil

José Maria (PSTU)

José Maria de Almeida e Cláudia Durans, candidatos a presidente e vice do PSTU, estimam gastar R$ 300 mil na campanha. Zé Maria declarou ter em seu nome apenas um veículo ano 2006 no valor de R$ 16 mil. Já a candidata a vice disse não possuir bens.

Plinio Sampaio (P-SOL)

Plínio Sampaio e Hamilton Assis, do P-SOL, estimaram gastar, no máximo, R$ 900 mil na campanha. Plínio declarou ter R$ 3,1 milhões em bens, sendo que R$ 775 mil originários de créditos decorrentes de empréstimo.

AGÊNCIA BRASIL/Gazetaweb.com
05/07/2010 16h16min

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