quarta-feira, 25 de março de 2009



Jorge Eduardo um grande comunicador

Filho de Maria José Almeida da Silva e José Cresenço dos Santos ambos já falecidos, o radialista Jorge Eduardo da Silva se tornou um dos comunicadores mais respeitados da região cacaueira devido a sua segurança no microfone e postura ética dentro da profissão.

Onde nasceram seus pais

Seus pais, filhos das terras grapiúnas; José Cresenço nasceu no município de Floresta Azul, na Fazenda Fuxico Localidade essa que pertencia ao seu pai, Coronel Wenceslau, avô de Jorge Eduardo. Já a mão de Jorge Eduardo, Maria José nasceu no município de Barro Preto, Fazenda Providência. Por motivo do coronel Wenceslau, avô de Jorge, ter outra fazenda na região da Jussara, Barro Preto. “No vai e vem”, Crescenço, na companhia do Coronel Wenceslau, conheceu a jovem Maria José, filha do senhor Dezinho e D. Marietinha, daí, conta Jorge Eduardo, surgiu o enlace matrimonial “e estamos aqui” ressalta, Disse que o seu avô deixou Floresta Azul e veio morar (toda família) em Barro Preto. Em Floresta Azul, Jorge Eduardo ainda tem muitos parentes remanescentes da Fazenda Fuxico que há tão pouco tempo pertencia a Salvinho, que foi prefeito de Floresta Azul e veio a falecer recentemente.

Nascimento de Jorge Eduardo

Conta Jorge que ele nasceu em Itabuna no ano de 1952 na Maternidade do Hospital Santa Cruz, através de do grande médico Corbiniano Freire, quando D. Maria ficou no hospital por cinco dias, vinda às pressas de Barro Preto, pois o parto era de risco. Quando eu nasci, meus pais ainda moravam naquela cidade, recém casados. Como o irmão, mais velho da família, ainda nasceram: Hermano, Carlinhos (músicos) residentes em Itabuna, e Rosângela Rose Santos, que há dez anos reside, em Dallas, Estados Unidos. “Queremos aqui destacar de que Hermano e Carlinhos herdaram a criatividade e a sensibilidade do meu pai, como grandes cantores e instrumentistas, principalmente com as cordas, pois meu pai Crescenço cantava e tocava um violão como ninguém, diz Jorge desejando um bom lugar de seu pai perto de Deus!

Suas primeiras escolas...

Com onze anos de idade, já estudando em Barro Preto, Jorge lembrou que a sua primeira professora e de seus irmãos, foi a senhor Ludite, quando seus pais resolveram lhe trazer para estudar em Itabuna para fazer o ginásio na Escola Monteiro Lobato do professor Everton Chalub; “neste colégio tomei muitos bolos de palmatória; também quem estudou e apanhou aprendeu, não aprendeu quem não quis” diz Jorge, lembrando o grande ensino e os bons tempos da época. Seguindo os conselho do professor Chalub, concluindo o quarto ano primário, fez a tradicional “admissão” para ingressar no Ginásio. Passou a estudar no Colégio Estadual de Itabuna, que ainda estava em obras, quando lembrou do mini-zoológico da Colônia Nosso Lar; “que era uma coisa fantástica!” diz Jorge.

Sem onda de cursinhos

Lembra também de que naquela época, o colégio ainda sem muro era dominado pelo barro vermelho, principalmente no campo de futebol, onde eram realizadas grandes peladas (Babas) dos alunos. “Os alunos que estudavam e depois faziam o vestibular passavam direto, sem essa onda de cursinhos que existe agora, a gente passava direto para as faculdades (Fespi); o ensino público era ensino público e de primeira qualidade... não sei o que aconteceu!” protesta Jorge. Enfatiza que a maioria dos médicos de Itabuna passou pelo o ensino do Colégio Estadual e hoje são excelentes profissionais não devendo nada para os grandes centros e, como exemplo cita, os nomes de: Vandick Rosas, Isac Ribeiro, Humberto Barreto, José Henrique que foram meus colegas de sala, além de muitos outros; “aquilo que era ensino público!” ressalta.

Conclusão do 2º Grau

O radialista Jorge Eduardo se refere aos 50, 60, 70, quando o Colégio Estadual era considerado modelo no sul da Bahia, nos mesmos estudamos lá, e ingressamos diretor na Faculdade, no ano de 1978, quando o Colégio ainda tinha um grande padrão de educar. Do Colégio Estadual, Jorge Eduardo ainda não concluindo o ginásio, foi para o Instituto Municipal de Educação, (IME), hoje IMEAN, sendo o diretor Renan Silvio Santos. Neste colégio Jorge Eduardo fez dois anos de contabilidade e parou de estudar, retornando dez anos depois, em 1982, já no Rádio, concluiu o segundo grau no Colégio Comercial de Itabuna, mas não quis fazer o vestibular.

Família chega a Itabuna

Em 1965 toda a família chega a Itabuna e foi residir na extensão da Avenida do Cinqüentenário, em casa alugada que pertencia a mãe do taxista Wellington Pastor.

Ingresso no rádio

No rádio, o ingresso aconteceu quando tinha 18 anos de idade, no dia 13 de abril, de 1970, dia em que sua mãe fazia aniversário – diz Jorge - através do diretor da Rádio Difusora Sul da Bahia, Heraldo Duque Pinto, que era um grande amigo da família.

Deputado Paulo Nunes

A emissora pertencia ao Deputado Estadual, Paulo Nunes, nesta época, diz Jorge, ele só queria saber de estudar, jogar bola, namorar e curtir os cinemas de Itabuna (Catulúnia, Marabá, Plaza, Itabuna e Oáses), de manhã, tarde e noite!

Apresentado a David Peixoto

Jorge Eduardo foi apresentado a David Peixoto, que era chefe do setor técnico da emissora. Iniciou sua futura profissão de comunicador, como operador de mesa, aprendendo a operar com Manoel Dias e Vitor Emanuel. Lembra também de que, nesta época, Rosito Dutra era locutor, e apresentava o programa “Momentos de Ternura”, Orlando Cardoso, que completou 48 anos de comunicador, recentemente, já tinha nove anos de Difusora.

Carteira assinada por Hercílio

No dia 18 de Maio de 1970, Hercílio Nunes, proprietário/diretor da Rádio Difusora Sul da Bahia, assinou sua carteira como Operador. “Mas, em 1974 solicitei a Hercílio Nunes para atuar como locutor e ele me autorizou”. Nesta época, diz Jorge, Heraldo Duque Pinto já tinha deixado à direção da emissora, e eu fui trabalhar a noite, ao lado do meu amigo Edvaldo Gomes. Daí, conta Jorge, aconteceu a sua chance de se torrar um locutor.

Novo locutor

Em 1978, a Rádio Difusora Sul da Bahia foi adquirida pelo empresário Nicácio Figueiredo, quando o radialista Lucílio Miranda Bastos, contratado como novo diretor, efetivou Jorge Eduardo como novo locutor. O novo profissional, já vinha acumulando as duas funções, foi quando o novo diretor contratou outro operador, e Jorge passou a apresentar um dos programas de maiores audiências do interior baiano “Central de Informações RD” produzido por ele, Lucílio Bastos, Joel Filho e Paulo (Índio) Lima, Jorge se tornou um grande radialista.

Rádio Jornal de Itabuna

Em 15 de outubro de 1980, saindo da Rádio Difusora, ingressou na Rádio de Jornal de Itabuna, naquela época sob o comando de Waldeny Andrade e Marilene Santos era considerada a maior audiência, e um emissora AM Modelo. Na rádio Jornal de Itabuna, antes pertencente a José Oduque e hoje ao Grupo Poli Rodas, Jorge Eduardo se consolidou como o maior noticiarista do rádio Grapiúna até os dias de hoje.

Vocação ao rádio

Sua vocação ao rádio nasceu desde criança devido ao seu avô, lhe colocar no colo para ouvi o Reporteresso, da Rádio Globo do Rio de Janeiro, através de um radio de marcar Mulard, que está com o comunicador até os dias de hoje. Outro fato também que contribuiu para Jorge se tornar um grande locutor, foi o costume de ouvi as novelas da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, e com muito orgulho ele cita as novelas da época: Jerônimo, o Herói do Sertão, Direito de Nascer e os Três Homens Sem Medo. “Sinto que esta vocação nasceu a partir daí, na minha infância”, destaca.

O rádio Philip

Jorge também lembra de uma passagem que ele e seus irmãos, entre 08 e 10 anos de idade, brigaram para tirar uma foto com um rádio Philip, depois de muita briga o rádio comprado por sua mãe, D. Maria, terminou, saindo na foto, em seu colo; “Ainda temos essa foto, que deve está com o meu irmão Carlinhos. Briguei para tirar a foto com o rádio em meu colo... Na foto estou com uma cara de “babaca”, até hoje meus irmãos Hermano e Carlinhos gozam de minha cara!” diz Jorge, relembrando um lindo passado.

Tempo de Rádio

No próximo mês de Maio, deste ano, Jorge Eduardo, o nosso querido “Porquinho”, completa 39 anos de um grande serviço prestado a Itabuna, dentro do rádio. Disse que só não vai consegui acompanhar Orlando Cardoso... E nós não sabendo explicar qual o mais velho do rádio em Itabuna; se Orlando Cardoso, Rosito Dutra ou Vily Modesto. Mas como os três ainda serão entrevistados por Expressão Livre, em breve vamos descobrir. Porém podemos afirmar que Vily Modesto já tem mais estrada no caminho do rádio. Será?

Família

Jorge Eduardo constituiu sua família dentro do rádio, com apenas 22 anos de idade, casou-se com a jovem Maria Raimunda Santos Teixeira, de onde nasceram Briane de Cássia de 16 anos, depois Camila de Cássia a mais velha. Infelizmente aos 40 anos de idade sua companheira os deixou, acometida de um infarto fulminante, o que deixou a sua filha mais nova com apenas quatro anos de idade, e Jorge se tornou um pai/mãe.

Residência

Residindo por muito tempo nos bairros da Mangabinha, Banco Raso, Avenida Princesa Isabel, hoje em sua própria casa, Jorge mora no bairro Jardim Primavera, há cerca de 27 anos, onde, criou sua filhas e se tornou uma grande liderança de sua comunidade.

Amigos

Falando de amigos disse que são tantos que não dava para enumerá-los, mas, mesmo assim destacou, a nossa amizade, consolidando-a, no antigo Diário de Itabuna e Rádio Jornal, um dos maiores complexo de comunicação que a região já teve na época da fartura do cacau, localizado na Praça José Bastos. Não deixando de citar: Lucilio Bastos, Orlando Cardoso, Juarez Vicente, Vily Modesto, Valdeny Andrade e Ramiro Aquino, em nome de todos os seus demais colegas de rádio e de jornal, onde seu ciclo de amizades é enorme em todo o Estado.

Conselho aos novos radialistas

“Estudar, estudar e estudar, se aperfeiçoar no Português, pois estamos todos os dias ouvindo muitas asneiras; tais como: “agente vamos”, “O povo foram”... O radio é o meio de comunicação mais instantânea que se existe, até hoje, o mais ouvido! Nas críticas, ouça os dois lados, não ouça só um... que ai, você vai se sair muito bem... esqueça o “jabá!”, infelizmente tem muito... esqueçam isso, esqueçam isso, pelo o amor de Deus! Trabalhe pelo seu salário digno, faça um trabalho profissional acima de tudo, seja ético”. Finalizou Jorge.

Joselito dos Reis
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“A água é o sangue de Deus, não a maltrate!” jr
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