quinta-feira, 10 de julho de 2008

Radialista de Itabuna



“Corpinho de Leão” uma paixão pela Rádio Clube!

Eliezer Ribeiro Nunes Filho nasceu na cidade de Uruçuca, no Sul da Bahia, em 15 de maio de 1935. Na época Uruçuca era conhecida como Água Preta, distrito de Ilhéus. Ainda adolescente “Corpinho de “Leão”, como é mais conhecido pelo seu grande círculo de amizade, devido ao seu pequeno porte físico, chegou em Itabuna nos anos 50.
Único emprego
Lutando por uma formação profissional e precisando de uma colocação para ajudar o orçamento familiar, após dois anos de luta, surgiu a sua primeira oportunidade na recém Rádio Clube de Itabuna ( fundada em 20 de outubro de 1956). O responsável pelo seu ingresso na emissora foi o então deputado Wilde Lima, por ser um deputado muito amigo do jornalista Otini Silva, diretor fundador da emissora. O ingresso de Eliezer Ribeiro aconteceu em 1959.
Wilde Lima, Otoni Silva e Gerson Souza
“Corpinho de Leão” conta também que o deputado era irmão do tabelião Wilson Lima que tinha um cartório ao lado do Banco da Bahia, permanecendo até os dias de hoje, através de seu filho Wilsinho Lima Filho. A rádio Clube de Itabuna, a época, tinha como diretor o irmão de Otoni Silva, Gerson Souza, que também era tabelião em Itabuna e encerrou essa funções nos anos 90. Dirigia o Cartório do 1º Oficio estabelecido no Fórum Rui Barbosa, onde atendeu a população de Itabuna e do sul da Bahia por muitos anos. Gerson Souza e Otoni Silva residem em Itabuna, no bairro Pontalzinho. Na época a Rádio Clube (hoje Nacional), funcionava na Avenida do Cinqüentenário, ao lado da Farmácia Cabral, no mesmo prédio onde funcionava o consultório dos médicos: Mário Peixoto e Ariovaldo Sampaio, quando mais tarde foi transferida para o bairro São Caetano (Igreja Santa Rita de Cássia), onde permaneceu por muitos anos.
Participação de Lourival Ferreira
A emissora teve a sua parte técnica instalada por Lourival Ferreira, que também foi responsável pela instalação das Rádios Difusora Sul da Bahia e Jornal de Itabuna. Lourival Ferreira, hoje estabelecido, na Capital do Estado, tornou-se desembargador para o orgulho dos seus colegas e, em especial, para “Corpinho de Leão” e muitos itabunenses. Na época, ainda informa, “Corpinho de Leão” a emissora contava com os serviços da senhora Glorinha de Oliveira, que atualmente reside no distrito de Cajueiro de Ibicaraí.
Iniciou como Off-boy
O novo empregado que iniciou sua carreira como off-boy, devido a sua perseverança, mais tarde se tornou um dos principais operadores de mesa (sonoplastia) da emissora. Nesta função, auxiliado também as transmissões esportivas,, muitas vezes da capital do estado e outras cidades do recôncavo e do sul da Bahia, através da “maleta preta” como gosta de frisar “Corpinho”, ele permaneceu, na Clube, até quando se aposentou, após 35 anos de serviços prestados; Aposentou-se em 1994.
Aposentadoria
Hoje com 15 anos de aposentadoria, casado com a senhora Laurência das Neves Barreto, pai de dois filhos, Cristiano Barreto Nunes e Luciano Barreto Nunes, funcionários públicos do Estado, o ilustre Eliezer Ribeiro (Corpinho de Leão) reside no bairro Santo Antônio, na rua Maximiano de Oliveira, em Itabuna, contando com o carinho de todos aqueles que lhe conhecem. Com muito orgulho diz que trabalhou ao lado de muita gente importante e famosa, e com muita emoção cita os nomes de: Juarez Vicente, Frei Antonio da Costa Ribeiro, Cacá Ferreira, Gilson Alves, Romilto Teles, Daniel Gomes, Frei Joaquim e Opalônio, Milton Menezes, Luis Conceição, Nadson Monteiro, Geraldo Borges, Vily Modesto, Lucílio Bastos, Orlando Cardoso, Nivaldo Reis, Magnobaldo Ribeiro, José Evangelista.
Saudades
Com muita saúde e os olhos lacrimejantes cita também os nomes de: Titio Brandão, David Peixoto (Pai do jornalista Davidson Melo) Géis Aguiar, Nilson Andrade (Pai de Anderson Andrade, da Tv Santa Cruz), Telmo Padilha, Cristóvão Colombo Crispim de Carvalho, Celso Rocha, Germano da Silva, Carlos Spinola, Alfa Santos José Timóteo, Plínio de Almeida, Curtiney Guimarães, que também deram a contribuição para o crescimento do rádio itabunense.
Simplicidade
Eliezer Ribeiro é uma pessoa simples e humilde onde chega atrai a curiosidades de todos, por saber tratá-los com muito respeito. A ele, e sua família desejamos muita paz e sucesso em nome de todos os seus colegas do rádio.



quarta-feira, 9 de julho de 2008

POESIA GRAPIÚNA

Itabuna Saudade...

(Aos 99 anos de Itabuna)

Ah! Minha querida Itabuna!
Do meu bairro Mangabinha
Da minha Vilazara
Do meu Cajueiro...

Das astutas prostitutas;
Do “café das Meninas!”...
Dos meus campos de futebol;
Da Jaqueira, Serraria e Bariri
Que saudade, tenho de ti!

Das donzelas na praça
Dos guardas vigiando a praça com raça
Sorrisos de graça!

Da imponência do Rio Cachoeira;
Dos jangadeiros e das lavadeiras;
Dos macucos, saracuras, graúnas e juritis...
Que saudade, tenho de ti!

Itabuna de José Bastos
De Firmino Rocha
De Telmo Padilha
De Plínio de Almeida
De Valdelice Pinheiro
De todos nós...

Hoje Itabuna do progresso
Da crença
Do avanço...
Das lembranças de outrora

Os poetas de saudade choram
Seu passado de glória
E aplaudem o teu futuro...

Itabuna de gente daqui, dali
De lá...
Que saudade tenho de ti!

Com licença Firmino Rocha;
Faça voltar o menino e o fuzil
Para dar um tiro na memória
De quem esqueceu a nossa história!




Adeus Cacau

Ontem,
Tortura física
“Parabelos” faziam a lei
do coronel dentro da terra
Na disputa do cacau...
O sangue jorrava, corria
Nos riachos cristalinos
Ao cantar dos pássaros
E do Jupará
Que nada cobrava na plantação
Do cacau!

Produto do bem!?
Produto do mau!?

Hoje
Tortura tecnológica
Tortura psicológica
O sangue transformou-se em fungo
E drogas
Os riachos de águas cristalinas
Inexistentes...
Não refletem mais a aurora!
Os pássaros já não cantam no horizonte
Dando vida aos campos...
Deram um tiro na razão...
E atraíram a ambição!
Adeus cacau!



Adeus Cachoeira

(Ao Rio Cachoeira, Itabuna)

As tuas margens desertas e tristes...
Minha infância retorna, e chora fria
Não vejo mais flores e nem pássaros!

No ar, o exalar do mau cheiro da dor..,
Garças sobrevoam o teu leito desfeito
Peixes borbulhando, balbuciando a vida
Tuas águas cristalinas não existem mais

Adeus rio do pescador e do jangadeiro!
Adeus rio da cidade, que te esqueceu!
Adeus rio dos versos dos poetas em sonho!
O progresso, uma peça te pregou no tempo!


Farsa

Falsos profetas igrejas adversas
Farsando o semelhante
Com o Livro Sagrado na mão!
E na cabeça outra opção...

Em nome da ambição
Da conversão...
Criou um “deus” quer curar
E enganar a fé de todos

Em cima de truques e peripécias
Espera construir um império
E dominar a nação
Sem choro e sem canção

Usando o nome do Senhor em vão
Acreditando que os inocentes
E profanos obterão a salvação...
Dentro de uma alçapão...



Abandono...

Chega a noite
O pivete sente
A falta de um lar...
No passeio das grandes avenidas
Faz sua cama intelectual
Com lençol de jornal
Que contou os fatos
Durante o dia...

O pivete dorme
Sonhando que é
Artista, cantor e poeta...
E que todos lhe dão amor

Coitado... coitado!
Apenas sonhou!

Voltou à realidade
E uma lágrima em seu rosto
Novamente rolou...

Silencio...

Quando a aurora
No fim de mais um dia
Aos poucos vai se entregando
A escuridão...

No crepúsculo do infinito
Antes da noite solitária
Sinto como sou insignificante
Diante da solidão

Mas o amor
Que carrego me aquece
E então me restabeleço
Na ausência de tua ausência

E caio na imensidão
Do silêncio
E choro a dor do meu coração
Sem canção.


Excluído...

Aos sem teto
Veio do pó
E para o pó retornou
igual ao vento...
igual a ti!
Não fez glória nem história
Livre, esquecido, não aquecido
Penou, pecou...
Sorriu, chorou...
Sem ser notado sumiu!
Passou... passou... sonhou!
Viu o brilho do sol e da lua
Das estrelas... o cantar dos pássaros
Do pó
Para o pó retornou
Foi tudo questão de lógica
Passou... passou!
E na horizontal se eternizou igual a todos
Só assim foi alguém no além
Mas, por aqui passou...Passou...Passou...

Joselito dos Reis
reislito@hotmail.com

Mais de 80% das pastagens do Sul da Bahia podem ser convertidas em Sistemas Agroflorestais com cacau

Eles roubam de todo jeito

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