segunda-feira, 26 de maio de 2008

Zeka do Diário de Itabuna ao jornal À Tarde




Considerado um profissional ético, José Antonio Alves Santos (foto) nascido em 16 de Fevereiro de 1948, o nosso conhecido “Zeka” se tornou um dos repórteres fotográficos mais destacados do Sul da Bahia.
Como toda a colônia sergipana, sua família também chegou nestas terras grapiúnas transportada em cima de um caminhão “Mala Real” em 1955, procedente de Riberópolis, pequena cidade do estado de Sergipe, atraída pela fama do cacau.
Com apenas 07 anos de idade, deixando sua terra natal para trás, o menino Zeka, em sua nova cidade, pensou logo em trabalhar e escolheu vender jornais e revistas pelas ruas de Itabuna, exercendo a profissão de jornaleiro. Fez questão de dizer que os primeiros jornais vendidos por ele foram o “Intransigente” e o “Diário de Itabuna”. Jornais esses já extintos, porém, imortalizados na memória de muitos itabunenses, pois tratavam-se de veículos éticos, sadios, de opinião e informação correta, dirigidos por grandes nomes do nosso jornalismo de todos os tempos como: Célio Nunes, Otoni Silva, Plínio de Almeida, José Roberto Pinheiro Maia Bezerra, Lourival Ferreira, Raimundo Galvão, Telmo Padilha, Milton Rosário, Mirtes Pititinga, Celso Rocha, Roberto Pedreira. Edízio Santos, Vanderlei Machado, William Pedreira, Adailton Prado, Daniel Santos, Vily Modesto, Lucílio Bastos, Nelito Carvalho, Nilson Andrade, Valdeny Andrade,., Ricardino Batista, Ederivaldo Benedito, Everaldo Benedito, Kleber Torres, Luis Conceição, Edvaldo Oliveira,Juarez Vicente, Valdenor Ferreira, Germano da Silva, Titio Brandão, Ariston Tibério Caldas e muitos outros nomes.
Perambulando pelas ruas da cidade, o “pequeno jornaleiro” fez muitas amizades - entre elas - D. Amélia Amado, na AFI que lhe deu oportunidade para estudar, através de um projeto da época, criado por Gileno Amado: “Crianças Carentes”. Mais tarde, no Colégio Estadual de Itabuna, Zeka a se formaria em contabilidade, não exercendo a profissão, pois sua vocação maior era o Jornalismo.
Vendendo jornal, em 17 de fevereiro de 1966, Zeka atendendo convite de José Roberto Pinheiro, aceitou trabalhar no Diário de Itabuna, veículo que o revelou para que ele nunca mais deixasse o jornalismo. Saindo do DI, onde trabalhou em duas campanhas eleitorais de Oduque; nesta época (1976), um fato ilusitado, conta Zeka, foi quando oduque em seu discurso, teve a sua língua atraída pela força da energia, quando fazia campanha no bairro de Fátima, o que lhe deixou alguns dias sem poder falar com o povo, mas ganhou a eleição. “A noite estava chuvosa e com muitos relâmpagos e raios” disse o repórter, que já tinha saído, quando o fato aconteceu, uma hora da manhã. Deixando o DI, Zeka também teve uma breve passagem pelo jornal “A Região”, atendendo convite do empresário Manoel leal. Na época, Leal tinha projeto de adquirir o Diário de Itabuna e transformá-lo em Off-set, já que o A Região era um periódico semanal. O empresário/jornalista, chegou até fazer uma proposta ao proprietário da Editora Diário de Itabuna, José Oduque Teixeira. Oduque que é conterrâneo de Zeka! Projeto que não deu certo, pois foi interrompido com o seu trágico assassinato, insolúvel, até os dias de hoje.
Mais tarde devido a sua competência, o repórter-fotográfico foi convidado a trabalhar na Sucursal do Jornal “À Tarde” em Itabuna, uma das primeiras do interior do Estado, através do convite do então diretor Vily Modesto e permanece até os dias de hoje. Nesta época, Vily também prestava seus serviços ao Diário de Itabuna. No Jornal À Tarde Zeka, já com 21 anos, e com 41 anos de jornalismo regional, Zeka informou que, mesmo já com o direito adquirido para se aposentar, não quis ainda dá entrada, pois não acredita no sistema, devido à desvalorização dos benefícios; “um sistema desacreditado!”. No Diário de Itabuna, considerado por Zeka uma escola do jornalismo regional, pois era o único veículo do interior a contar com uma clicheria própria e dava oportunidade aos novos profissionais, ao lado de Jailton Reis, hoje na Ceplac, aprendeu o oficio de clicherista, quando o diretor-editor, Roberto Pinheiro contratou em Salvador um instrutor.
Com a nova função Zeka veio acumular duas funções a de repórter- fotográfico e Clicherista. Essa última, hoje, já extinta; consistia em um sistema de transferir uma foto para uma chapa de zinco especial através de uma chapa, envolvendo composição química. Montado em madeira com demissões especificas a impressora, era encaminhado para a impressão do exemplar, em modelo rotoplano; Um modelo que se tornou logo obsoleto com o advento das novas tecnologias em off´set ou a informática. Um dos fatos que fez com que, o jornal Diário de Itabuna e Diário da Tarde, da cidade de Ilhéus, com 78 anos de circulação, os maiores da região, viessem a fechar suas portas. A clicheria trouxe uma grande evolução ao DI, pois antes os clichês eram confeccionados na capital do Estado, nas clicherias Santa Bárbara e Senhor do Bomfim, ou através do mestre Lorival que era um grande clicheristas, daqui de Itabuna e da região.
Filho de José Alves dos Santos e Maria de Jesus Santos (falecidos), compondo uma prole de 12 irmãos. Com muito orgulho, Zeka cita Edvaldo Alves (Vinha), que o substituiu no Diário de Itabuna, nas funções de repórter-fotografico e clicheria, instruído por ele. Hoje, seu irmão, Vinha, é motorista da Câmara de Vereadores de Itabuna.
O DI que também era um local de encontro de empresários, jornalistas e intelectuais da cidade e região, entre eles, o poeta e jornalista Telmo Padilha, ficava localizado, estrategicamente, na Praça José Bastos.
Zeka, com muita saúde e vigor físico, além de um conceito exemplar em Itabuna e região, reside, no bairro Pontalzinho, em Itabuna, ao lado de seus familiares. Disse que o segredo da competência e da ética, “é gostar do que faz, pois trabalhando com amor tudo se consegue” Anote o recado...

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